Nas trilhas da vida meu sol se
enlaça
às trevas da noite e à farsa de
alguém
que vive zombando e impondo desgraça
a quem nunca soube amar muito bem.
Por isso é que eu bebo o sacro da
taça
e sinto o seu fel descendo que nem
a vida que eu levo (sina devassa)
ao mundo das trevas com um desdém.
Decerto não levo, ao mundo do além,
o belo da vida assim como vem
do sopro divino ou forja da graça.
Do vale dos tempos eu sou um refém
de monstros ocultos "sonhos" porém
eu sou uma sombra de vida que passa.