A escritora Vânia Ennes,
tomará
posse na Academia
Feminina de Letras do
Paraná

Na ocasião apresentará um
filme
homenageando a
Inesquecível
Escritora
Marita França
"A produção
deste filme foi idealizada
para ser apresentada na
Solenidade de Posse de Vânia
Maria Souza Ennes ao assumir
a cadeira nº 09 da Academia
Feminina de Letras do
Paraná, cuja patrona é Íria
Correia, primeira pintora
paranaense e a primeira
ocupante é Marita França,
advogada, escritora, poeta,
trovadora e musicista.
A cerimônia,
realizada sob a presidência
de Lygia Lopes dos Santos
terá a oração de
apresentação proferida pela
Acadêmica Dalilla Wachelke
Morgenstern e o Protocolo do
Cerimonial a cargo da
Academica Roza de Oliveira,
no Auditório Nobre do Centro
Paranaense Feminino de
Cultura, em Curitiba, no dia
26 de novembro de 2010.
O presente
documentário tem por
objetivo narrar fatos da
vida da homenageada Marita
França para que sirva de
informação e exemplo para as
futuras gerações."
***
Marita França
“Encarnação
do Otimismo e da Esperança”

* 1º.07.1913
+27.07.2009
Texto de Vânia Maria Souza
Ennes em 26/11/2010
“Se te
faltar a luz da visão, que a
tua consciência ilumine o
teu viver.”
João Darcy Ruggeri

Maria
Aparecida Taborda França,
carinhosamente chamada de
Marita, nasceu em Curitiba,
terra dos pinheirais, Estado
do Paraná, na noite de 1.º
de julho de 1913. O inverno
era rigoroso. Chovia muito e
o frio era intenso, mas a
festa da chegada daquela
menina linda e predestinada
para o amor foi aquecida com
vinho do porto, oferecido
entre os familiares.
Era filha do saudoso casal
Brasília Taborda Ribas de
França e Heitor Stockler de
França, escritor, poeta,
advogado e industrial,
fundador da Federação das
Indústrias do Estado do
Paraná e seu presidente por
14 anos consecutivos.
Neta de Maria Catharina e do
empresário, político e
fazendeiro João Lourenço
Taborda Ribas; e de
Leandrina Marcondes Stockler
de França, nascida em
Castro, e João de Araújo
França, nascido em 1841, em
Guaratuba.
Bisneta de Maria Joaquina e
Vasco Taborda Ribas, e de
Paulina e Joaquim Taborda
Ribas.
Trineta, pelo lado paterno,
de Antonio Pereira Bueno
Stockler, voluntário da
pátria, que lutou na Guerra
do Paraguai, nascido em
Castro, em 1830, e falecido
em 1894, em Palmeira; e pelo
lado materno de Benedita
Lustosa de Andrade Pinto
Rebelo e de Joaquim Pinto
Rebelo.
Marita foi batizada na
Catedral Metropolitana de
Curitiba e teve como
padrinhos a avó paterna,
Leandrina Marcondes Stockler
de França, e o Senhor Bom
Jesus, em substituição ao
avô João de Araújo França,
já falecido.
Celebrou sua primeira
comunhão no dia 24 de maio
de 1925, na Igreja da Ordem,
em Curitiba. Sua vida foi de
intenso fervor às causas
religiosas.
Batizou muitas crianças.
Marita teve
cinco irmãos:
Glycínia, casada com Lúcio
da Costa Borges;
Ariane, casada com Hely
Marés de Souza;
Ildefonso, casado com Leony
Scrimin França;
Mozart, casado com Marilena
de Amorim França;
Apollo, casado com Walderez
de Araújo França.
doze sobrinhos:
Júlio César, divorciado de
Gélcia Barbosa;
Heitor, casado com Isabel
Fanaya Borges;
Brasília Maria, casada com
João Carlos Tonetto Pinto;
Heitor Ângelo, casado com
Rosane Lima França;
Luciane, casada com Isael de
Oliveira Santos;
Hely Jr., casado com Ivana
Maria Tomasi Marés de Souza;
Camilo, divorciado de
Darlene Régis;
Vânia Maria, casada com
Ceciliano José Ennes Neto;
Índia O’Hara, casada com
Nelson Chede;
Cristiane, casada com Carlos
Brotto;
Mozart Heitor, casado com
Eliza Borges de Macedo
França;
Murilo Heitor, solteiro.
dezesseis sobrinhos-netos:
Betina Limone; João Carlos
de Souza Pinto; Georgeana,
Gustavo e Felipe Barbosa
França; Guilherme, Cassiano,
Cecília e Caetano Souza
Ennes; Ricardo e Fernando
Lima França; Conrado e
Bernardo Régis Borges; André
Borges de Oliveira Santos;
Victor e Giovana Borges
Brotto.
quatro sobrinhos-bisnetos:
Lucas Limone
Vitor Marés de Souza
Tiago Sabadine da Silva de
Souza Pinto
João Rodrigo Sabadine da
Silva de Souza Pinto
Marita herdou belas virtudes
de seus pais: a retidão de
caráter, a bondade, o senso
de humor, o interesse pela
cultura, o amor à pátria, à
justiça e à religião.
Foi alfabetizada
em casa e a seguir estudou
no Colégio da Divina
Providência, no Instituto de
Educação, no Ginásio
Paranaense e no Colégio
Progresso. Além disso,
estudou pintura e piano.
Durante a faculdade foi
coroada Rainha dos
Estudantes.
Participou dos bailes de
carnaval e dos blocos
carnavalescos de
tradicionais clubes de
Curitiba.
No transcurso da Faculdade
de Direito, juntamente com
outros colegas, também
líderes acadêmicos, dos
cursos de Medicina, Direito,
Engenharia, Química,
Agronomia, Farmácia e
Veterinária, idealizou,
fundou e foi a primeira
presidente do primeiro
Diretório Central de
Estudantes das Faculdades de
Ensino Superior do Paraná.
Colou grau de bacharel em
Direito na Universidade
Federal do Paraná, com
louvor e aplausos.
Foi a única mulher de sua
turma, entre 37 homens.
Iniciou o exercício
profissional no escritório
do célebre jurista Dr.
Pamphilo de Assumpção, cujos
preciosos ensinamentos
abriram seus caminhos à
justiça, onde ficou até a
sua morte.
Inscrita na OAB sob o nº
386, aposentou-se como
advogada do Departamento
Jurídico do SESI do Paraná,
depois de 47 anos de
extremada dedicação. Em
seguida, em tocante
homenagem, o SESI emprestou
o nome de Marita ao Espaço
Jurídico, composto pela
Procuradoria Regional e pelo
Programa de Assistência
Judiciária.
Todo dia era dia de festa
para tia Marita, quer nas
tardes de domingo no
Tatuquara, na chácara da
família, ou em qualquer
outra ocasião, pois ela
fazia de sua vida uma festa.
Durante a vida, tia Marita
conquistou uma infinidade de
amigos - amizades leais,
construídas sobre o alicerce
do carinho, do respeito e da
admiração pelos valores
culturais, éticos, cívicos e
morais.
Era extraordinária sua
capacidade de fazer planos e
de construir pontes de
amizade em poucos segundos,
até com o mais ilustre
desconhecido.
Quem a conheceu pode
aquilatar a sua simpatia, a
verdadeira amizade que
carregava no peito, a
disposição de servir ao
próximo e a grande dose de
alegria que espalhava, de
forma contagiante,
transformando cada ambiente
que frequentava num festival
de serotonina, felicidade e
alto-astral.
Lançou no seu caminho a
semente para um mundo mais
humano, justo e fraterno, e,
para cada amigo, a certeza
da fidelidade de propósitos,
consolo para as amarguras,
ânimo para os desalentos e
bálsamo para as
dificuldades.
Por suas ações e atitudes, o
seu legítimo legado foi o do
exemplo de amor
incondicional.
Além do extraordinário senso
de humor, era portadora da
serenidade de espírito,
grandiosidade da alma e
caráter ímpar. A imensa
bondade e doçura em seus
atos e palavras levava
conforto ao coração dos
carentes e aflitos.
Conviveu grandes
personalidades do mundo
político, como Juscelino
Kubitschek, Moysés Lupion,
Paulo Pimentel, Ney Braga,
Rafael Greca, Marco Maciel,
Maurício Fruet.
Quanta fé, paciência e
compreensão!
Tia Marita não se cansava de
dizer que os planos de Deus
nunca falhavam. Assim sendo,
era extremamente devota a
todos os santos, anjos,
serafins e querubins, o que
a tornava portadora de um
canal aberto entre o céu e a
terra, sem interferências,
sempre na defesa do mais
fraco ou menos favorecido.
Por esse prisma, defendia as
palavras do grande pensador
Verena, que dizia: “Sem Deus
não há vida; sem família,
não há base e, sem amigos,
não há mundo colorido”.
Marita tinha, seguramente,
luz própria.
Havia nos seus olhos uma
luminosidade verde tão
forte, que revelava a força
de sua brilhante e rara
personalidade, igual a um
dia iluminado pelo sol.
Continuamente, alavancava os
rumos da concórdia, da
partilha, da paz e da
valorização do próximo.
Mulher idealista, de coração
magnânimo e objetivos
nobres, tia Marita comandava
pacificamente as reuniões
familiares no centenário
solar da Marechal Floriano,
construído em 1894, sempre
disposta a receber os
irmãos, sobrinhos e amigos,
para um almoço ou lanche.
Porém, era nos saudosos
almoços semanais das
quintas-feiras, no
tradicional casarão da
família, que já está sendo
usado pela quinta geração -
ainda com costumes e
lembranças dos tempos dos
avós, bisavós e tataravós,
como a mesma varanda, a
mesma mesa -, que a tia
Marita preservava e
fortalecia a união da
família. Lá, ela dava as
mais profundas demonstrações
da verdadeira
confraternização familiar,
de perseverança e de
amizade. Ela manteve a
família unida e reunida
através da força do seu
amor.
Na chegada, a recepção de
sempre: aguardava-nos com um
banquete acompanhado de um
sorriso nos lábios. Não é
preciso descrever esse
encontro de família. Quem
tem uma sabe do que falo:
era de alegria genuína e
simples. Como as boas coisas
da vida!
As tias e tios queridos
falavam na varanda de
assuntos de época, os primos
sobre ideias a serem
realizadas, as crianças
corriam pelos corredores, os
adolescentes matavam o tempo
no terraço, as cozinheiras
requintavam o cardápio e as
visitas eram acolhidas
amavelmente na sala até o
almoço ser servido.
Sobre os antigos móveis, os
alfarrábios, papéis,
jornais, folhas soltas,
livros, envelopes, fotos,
convites, filmes, recados,
enfim, tudo o que
movimentava o dia a dia.
Distinguida por sua
brilhante personalidade e
sólidos princípios, Marita
era o centro aglutinador das
atenções dos familiares e,
por sua memória
privilegiada, instigava a
curiosidade e o amor à
família quando relatava
antigas e interessantes
histórias dos seus
ascendentes e descendentes,
importantes referências que
servirão de exemplo às
futuras gerações.
Sábia, foi mulher altamente
congregadora de nobres
ideais em prol do Paraná, do
Brasil e do mundo. De
simpatia e carisma
inigualáveis, tinha sempre
uma palavra doce de
incentivo e de alto-astral
para dizer,
indiscriminadamente, a
qualquer pessoa que
estivesse ao seu redor.
Compartilhava com amigos
sonhos, desalentos,
vitórias, alegrias e
tristezas, incentivando-os
sempre a prosseguir a
jornada, fossem quais fossem
os obstáculos.
Poeta, escritora, pianista e
compositora de peças
musicais, Marita foi grande
incentivadora da cultura. Ao
longo de sua vida,
envolveu-se profundamente
com as mais diversas causas
- cívicas, poéticas,
artísticas e culturais -,
participando como
sócia-fundadora de inúmeras
entidades:
Centro Paranaense Feminino
de Cultura - presidente e
sócia n.º 1;
Clube da Mulher do Campo do
Paraná – primeira
presidente;
Clube Soroptimista de
Curitiba - presidente;
Sociedade Eunice Weaver -
“Presidente de Honra”, por
relevantes serviços
prestados;
Associação Cristã Feminina;
União Cívica Feminina;
Liga das Senhoras Católicas
- diretora do Banco de
Olhos;
Clube da Lady - diretora;
Associação de Assistência
aos Psicopatas do Paraná;
Associada à Associated
Country Women of the World,
com sede em Londres,
Inglaterra, da qual foi
vice-presidente nacional
para a Região Sul.
Pertenceu, também, a várias
instituições culturais e
profissionais como sócia
efetiva:
Academia Paranaense da
Poesia, onde ocupou a
cadeira n.º 3, cujo patrono
era seu pai, Heitor Stockler
de França;
Academia Feminina de Letras
do Paraná, onde ocupou a
cadeira n.º 9, cuja patrona
era Iria Correia;
Academia de Letras José de
Alencar;
União Brasileira de
Trovadores/Seção de
Curitiba;
Centro de Letras do Paraná;
Elos Clube Internacional da
Comunidade Lusíada;
Pen Clube do Brasil/Seção do
Paraná;
Associação de Jornalistas e
Escritores do Brasil/Seção
do Paraná;
Instituto dos Advogados do
Paraná;
Associação de Mulheres de
Negócios e Profissionais de
Curitiba;
Ordem dos Advogados do
Brasil;
Instituto dos Advogados do
Paraná;
Associação Brasileira de
Mulheres Universitárias –
com sede em Genebra, Suíça;
Conselho da Fundação de
Assistência ao Menor
Aprendiz.
Participou de diversas
missões de representação
profissional, cultural e de
intercâmbio social em
congressos, feiras,
encontros, seminários e
simpósios nacionais e
internacionais na América do
Sul, América Central,
Europa, África e Oriente
Médio.
Autora de destacada produção
literária, poética e
musical, Marita foi alvo de
incontáveis e significativas
honrarias:
Foi condecorada com Medalha
de Ouro, de Prata, com
placas, troféus e variados
títulos.
Recebeu Diplomas de Honra,
de Mérito, de Louvor, de
Benemérita, de Destaque,
Especial, de Congratulações,
de Persistência e de
Aplausos, entre outras
homenagens, por sua
vivacidade intelectual e
empreendedorismo.
Uma trova de sua autoria,
sobre Curitiba, foi
escolhida, pela União
Brasileira de
Trovadores/Seção de Curitiba
e pela Telepar/Brasil
Telecom, para ser publicada
em 44 mil cartões de
telefonia pública no ano em
que Curitiba foi eleita a
Capital Americana da Cultura
e, também, durante as
comemorações do
sesquicentenário de
Emancipação Política do
Paraná.
Deixou pronto para o prelo o
livro de poesias Minhas
evocações, além de três
outros do gênero. Possui,
também, muitos trabalhos
publicados em livros,
revistas, boletins e
jornais.
De temperamento amoroso e
criativo, a Marita poeta e
musicista deixou-nos grande
acervo artístico e musical:
Nossa Senhora da Luz de
Curitiba, gravada pela
Orquestra de Cordas do
Maestro Lyrio Panicalli;
Viva Santo Antonio; Olhos
verdes; Vem amor; Água mole
em pedra dura; Meu coração;
Catedral do amor; Santa
Terezinha e Nossa Senhora
Aparecida e Nossa Senhora de
Fátima, entre outras.
Compôs, ainda, com letras de
seu pai - Heitor Stockler de
França - Nas asas da ilusão,
Dr. Victor do Amaral e a
valsa Maestro Bento
Mossurunga.
O engenheiro e político
Bronislau Ostoja Rogusky, em
29 de junho de 1971, foi
certeiro quando presenteou
um livro à Marita com a
seguinte dedicatória: “À
imortal Marita França,
encarnação do otimismo e da
esperança...”
Sublimada pelos gestos de
solidariedade e emocionantes
atos humanitários, Marita
foi uma lutadora a favor dos
desamparados, contra a fome
dos desassistidos, pela
saúde dos menos favorecidos
e, ainda, em prol da ética
na política, pelo futuro do
Brasil.
Foi dessa forma que Marita
traçou seu caminho,
fundamentado na esperança e
na fé, à luz da bondade, da
intuição e da força
espiritual, até o último
suspiro.
Por certo, esses requisitos
lhe proporcionaram o
passaporte certeiro para a
conquista de um mundo
melhor.
Assim sendo, deixou na terra
rastros de gigantes exemplos
de amor e dedicação à
família e aos amigos.
Foi com consternação e
imenso pesar que a família e
os amigos souberam da perda
irreparável de Marita
Taborda França quando ela
encerrou seu tempo na vida
terrestre. No dia 27 de
julho de 2009, dissemos
adeus a nossa querida e
amada tia Marita, mulher de
extraordinários valores.
Faleceu aos 96 anos,
serenamente, em sua
residência, situada à Rua
Marechal Floriano Peixoto,
n.º 458, centro de Curitiba,
cercada pelo carinho dos
irmãos e sobrinhos, quando o
sol jogava seus primeiros
raios no horizonte.
Tia Marita, assim como eu a
vejo, foi um anjo que caiu
do céu por acaso, juntamente
com um pedaço do arco-íris,
um fenômeno isolado.
Foi sepultada no Cemitério
Municipal de São Francisco
de Paula, no mausoléu da
família, acompanhada por um
imenso cortejo de poetas,
intelectuais, escritores,
artistas, músicos,
trovadores, religiosos,
familiares e amigos que lhe
prestaram homenagens em
clima de comoção.
Entrou com fé e coragem para
o Plano Eterno e,
simplesmente, tivemos que
dizer adeus.
Consola-nos pensar que tia
Marita está ao lado de
Deus-Pai, que lhe concede
Suas bênçãos e a mantém sob
Sua eterna glória e
proteção.
Foi assim que aquela luz se
apagou, e até os pássaros do
seu quintal cantam mais
tristes.
No entanto, acendeu-se uma
chama... uma estrela...,
estabelecendo uma nova
ligação entre o céu e a
terra, que nos chegou por
meio de uma força cósmica,
ativada para ser percebida
só por aqueles que, ligados
pela mesma sensibilidade e
com o espírito em sintonia,
serão capazes de captá-la.
Apesar disso, cada vez que
olhamos para o céu, sentimos
a sua falta.
É um novo
tempo... Na verdade, tia Marita está hoje dentro do
nosso coração.
Nossa profunda gratidão.
Vale informar que, logo após
a sua morte, por proposição
da DD. Vereadora Julieta
Reis, a Lei nº 13437, de 7
de abril de 2010, de
Curitiba, "DENOMINA DE
MARITA FRANÇA UM DOS
LOGRADOUROS PÚBLICOS DA
CAPITAL, AINDA NÃO
NOMINADO."

Minha mãe, eterna luz,
filha de sublime amor.
Fez das bênçãos de Jesus
nossa vida de esplendor!
Marita França-Curitiba-
Curitiba – Paraná

Meu querido piano amigo,
com acordes de veludo...
Quando estou junto contigo,
logo me esqueço de tudo!
Marita França-Curitiba-
Curitiba – Paraná

A mulher,raio de sol,
no coração vasto amor...
da humanidade é o farol,
a iluminar com fulgor!
Marita França- Curitiba –
Paraná

Marita, irmã querida,
tinha a graça e a ventura...
Otimista em toda a vida,
- Corajosa e de ternura!
Apollo Taborda França -
Curitiba – Paraná

Hoje, silenciosamente,
jorram lágrimas e pranto.
Tia Marita está ausente...
Foi com Deus sob o Seu
manto...!!!
Vânia Maria Souza Ennes -
Curitiba – Paraná

Mulher que marcou história
e rompeu tanta barreira,
da nossa Pátria é uma
glória:
- Exemplo de brasileira!
Angelo Batista - Curitiba –
Paraná

Saudade, quanta saudade!
Da tão querida Marita,
engajada na bondade
numa ação sempre bendita!
Vidal Idony Stockler -
Curitiba - Paraná

A Marita trovou tanto
neste mundo, tão feliz,
nos deixando o acalanto
e a saudade... como quis!
Nei Garcez – Curitiba –
Paraná

Tia Marita ao pé do ouvido,
Sussurrava como um hino:
- Vá em busca de um bom
marido...
do Indicado Divino...!!!
Cecília Souza Ennes -
Curitiba – Paraná

Ali sentada ao piano,
pequena grande figura....
transborda o amor soberano,
nossa Marita é arte pura.
Marli Ferreira – Curitiba –
Paraná

Da Marita, vou dizer:
- Está sempre de alto
astral,
é de “virar e romper”,
transforma em bem qualquer
mal.
Sua face é coradinha
da cor da luz do arrebol,
da família é a Rainha
poderosa como o Sol!
Desiludido, cansado?
Dor de cabeça ou tédio?
Bata um papo com a Marita
ela é o melhor remédio!
Cristiane de França Borges
Brotto - Curitiba – Paraná

Minha querida Marita
que surpresa você fez
ao nos deixar sem guarida:
-Para Deus partiu de vez!
Dalila Morgenstern –
Curitiba - Paraná

Roseira Branca...!
Por Marita França
Roseira Branca, Roseira
Branca,
Tão antiga no jardim
Do meu solar.
Quando olho para você,
Entrelaçada
No gradil de ferro do
terraço,
Cheia de cachos de rosas,
Ponho-me a sonhar...
Há meio século quase,
As mãos santas e puras
Do vovô João Taborda
E de vovó Cota,
Com carinho e amor,
Plantaram a Roseira Branca –
Espuma do Mar...
A rosa remédio,
Para curar, enfeitar
E dar alegria ao seu lar.
Passou-se o tempo e mais
tempo...
Você ali está.
Conte-me o que viu e ouviu,
Na poética mansão
De meus avós,
Roseira Branca – Espuma do
Mar!
Fale-me baixinho...
Lembra das serenatas,
Nas lindas noites de luar?
Das canções maravilhosas,
Dos cantores, dos violinos,
Violões e bandolins?...
Peço-lhe: Não enfraqueça,
Roseira Branca.
Você tem tanto para contar
E muito, ainda, para dar.
Roseira Branca, Roseira
Branca
Venha comigo sonhar!...
Agradecemos, sensibilizados,
as magníficas homenagens
prestadas pelos amigos e
familiares queridos, que
após a morte de tia Marita
desfiaram um rosário de
inesquecíveis recordações
daquela que nos deu tantas
alegrias através de seu
convívio.
Recebam o nosso sincero
carinho e eterna admiração.
