UMA
METÁFORA
Cler Ruvver
Coração aceso a buscar nos versos,
O corpo crispado a pedir, por
favor...
Pra satisfazer, fazer mais um poema,
superabundanteMENTE de amor.
Será que não passa de aprendizado,
Todos estes versos que tento
escrever?
Será o tempero que a poucos agrada,
Ou será comum, aos que gostam de
ler.
Quem sabe escrevesse algo mais
alegre,
Se usasse metáforas para dizer.
Que hoje vi um pobre bem agasalhado,
E que um mendigo tinha o que comer.
Se ainda escrevo é porque existo,
Sonhar ainda é minha filosofia.
Verdade inegável, por isso
insisto...
Temperando a vida com a poesia.
Poderia até ter os olhos azuis,
Quem sabe ser negra pra modificar.
Mas sou amarela _ mistura de raças,
De um povo cansado de acreditar.
Quem sabe escrevesse algo inovador,
Que êxtases, visões; causasse a
qualquer um.
Mas falo misérias _ das raças à dor.
Para ser eu mesma: “um cara comum”.
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SONETO DA VITÓRIA
Cler Ruvver
O fracasso e a derrota, não podem
ser confundidos;
Por terem formas distintas para
azarar na subida.
O fracasso é onocaute que afeta o
rank da vida.
Derrota é apenas um haudi, outros
podem ser vencidos.
Meta é passagem marcada, para
embarcar na viagem;
Objetivo é bengala, para amparar nos
tropeços;
O sonho é combustível, que abastece
o avesso;
E incentiva à luta, mantendo-se
sempre à margem.
Um lutador quando perde, pode até
ser derrotado.
Mas se um dia, de uma meta, criou um
forte ideal.
Não desistirá da luta, e nem será um
fracassado.
Fé esperança e coragem, ao
empreender uma história;
Devem estar na bagagem, sem
ressentir-se do mal.
Para do sonho a miragem, poder
fazer-se vitória.
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BANQUETE
DE SONHOS
Cler Ruvver
Te dei um banquete, de sonhos
dourados.
Juntei ideais a um sorriso, e servi:
Prato principal, rodeado de pecados;
Com todas as marcas, do que já
perdi.
Em meio aos quitutes, no centro da
mesa;
Vi meu coração, sôfrego a palpitar.
Nas taças brilhantes, cheias de
esperança;
A felicidade estava a borbulhar.
E atrás da mesa, eu vi teu olhar.
Um porto seguro aonde ancorei.
Convidando a vida, para festejar.
Que chegou tão simples, sem vestes
brilhantes,
Só trouxe o desejo, e a sede de
amar.
O tempo não pára, e tudo passou.
Os sonhos secaram, sorriso apagou.
Pobre coração... Se escondeu na
tristeza.
Das taças brilhantes, por sobre a
mesa,
A felicidade se evaporou.
E o colorido, do amor que senti.
Todo salpicado, de espera, ficou.
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NO
COLORIDO DA HISTÓRIA
Cler Ruvver
Quando sentiu algo novo nascendo, a
professora influenciada fortemente,
pelos trejeitos e manias de a tudo
dar uma explicação lógica, ou um
nome para atender, e ser
reconhecido, deixou de lado a
preocupação, com a classe
gramatical, Substantivo; ao perceber
na Poesia simplesmente, moça bela e
formosa, que nasce espalhando
alegria, já com música incutida; sem
programas de metade, para enfeitar a
vida. Manequim exato, de cifra e
partitura e um estilo todo próprio
de ser. Não, não é nenhuma loucura,
é apenas liberdade, com a qual
sempre sonhamos; essa que se não
acorda nos deixa presos na roda,
junto aos conservadores. Na verdade,
“Poesias são Histórias Coloridas”,
que dançam entre os neurônios, no
ritmo da métrica e sob o poder da
rima; um contexto de “derivados”,
que apenas dá o recado, sem saber
onde criados; sequer onde começa, ou
termina. E dentro desta riqueza, é
onde nasce o Poeta, esse eterno
aprendiz que “jaz no conhecimento”,
quando o trabalho, o eterniza.
Sabemos a poesia ser, a paixão de
momento. Mas, como toda a pedra,
quanto mais preciosa for, sempre
quanto mais polida, mais aumenta o
valor. Algumas preciosidades rolam
barrancas da vida, até ficarem
polidas; encontrando pedras brutas,
a se polir na subida. As chamadas
pedras falsas, tão logo
reconhecidas.
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