- Nome:
Cler Ruvver
- Profissão:
Ex-cantora, professora de Língua
Portuguesa e Literatura, escritora,
poeta e compositora.
- Quer falar um pouco da terra onde
mora?
Minha terra, S. Pedro do Florido
- Paraná, é simplesmente linda, com
pequenas características que a
diferencia do restante do Globo
terrestre. Essa maravilha, onde olhares
confusos procuram fumaça do cigarro em
meio à poluição que a condena.
NATUREZA
Cler Ruvver
Quando um dia distraído,
Olhar as nuvens no céu.
Misturadas à fumaça,
Que a beleza embaça,
Com queimadas – fogaréu.
Se olhar para o alto,
Verá aves revoarem.
Junto, um pombo-correio...
Mas a cartinha não veio,
Pra natureza salvarem.
Em meio às invenções,
O homem criou a guerra.
Criou armas de hidrogênio,
Considerou-se um gênio,
Julgou-se dono da terra.
E foi enfeitando tudo,
Numa esfera colorida.
Formaram-se grandes centros,
Surgiram novos inventos,
Sem pensar na própria vida.
Criou carros, criou bondes;
Fábricas e até o avião.
Foi criando, inventando,
E hoje está sufocando;
Em meio à poluição.
Com a camada de ozônio,
Hoje vive preocupado.
Raios ultravioletas,
Vêm chegando de lambreta,
Não estava programado.
E com a evolução,
Surgiram as novas pragas.
Atacam planta e semente,
Provérbio de antigamente:
“Aqui se faz, aqui se paga”.
Montou-se uma corrida,
Pra salvar as plantações.
Criou-se o inseticida,
Que ameaça a vida:
Das nascentes, das nações.
Fazendo tantas loucuras,
Tentando brincar de Deus.
O homem já está clonando,
Criando, reinventando,
Até mesmo os filhos seus.
Batiza como progresso,
As descobertas que faz.
Transformando os
semelhantes,
Da terra, em homens
errantes.
Mendigos buscando a paz.
Hoje clamam pela vida,
Dos homens, da natureza.
Até mesmo às crianças,
Em meio a tantas matanças,
Tentamos mostrar beleza.
Que tal se o homem salvasse,
O que já estava pronto.
E antes de inventar,
Na natureza pensar,
Pra não viver em confronto.
E Deus, que será que pensa,
Dessa loucura atroz?
A ele só vou pedir:
E sempre vou repetir...
Tenha piedade de nós |
- Quando começou a escrever (ou iniciou
sua arte)?
Creio que nasci já apaixonada por
histórias, na verdade foi sempre um
paralelo, junto à evolução da linguagem
e à produção de textos; até mesmo quando
optei por um curso de Letras. Quando
perdi a voz foi um processo natural, me
fiz pássaro e através da Poesia aprendi
que é possível cantar preso, ou como
pequeno ventríloquo, quem sabe calado.
- Teve a influência de alguém para
começar?
Nada além da sensação de perda que a
música me causou. Foi quando entendi que
não poderia mais cantar, mas fazer parte
da essência!
- Lembra-se do seu 1º trabalho literário
(ou artístico)?
Lembro perfeitamente quando escrevi um
soneto. "SOBREVIVI" - este foi o meu
começo. A consciência de que realmente
estava trilhando um novo e esplêndido
caminho: A Poesia!
SOBREVIVI
Cler Ruvver
Quando acordei, do meu sono
profundo,
Chamaram-me pelo nome, que
surpresa!
Perguntaram se tinha fome,
sede, que beleza!
Percebi que ainda morava
neste mundo.
As belas águas, antes
brancas, cristalinas,
Foram turvadas de uma escura
cor,
Então eu vi que os sonhos de
menina,
Você levou, fiquei sozinha,
que horror...
As preces límpidas,
dedicadas em nome da vida.
Apesar das orações, em nome
do amor.
Arrancaste a beleza do
sonho, deixaste a ferida.
Não me levaste, porque a fé
é forte,
Mas levaste a parte mais
linda de mim.
Por isso vivo a vida, devo
esquecer a morte.
Cler Ruvver |
- Projectos Literários (ou artísticos)
para 2012 / 2013?
Quando escrevo, estou convicta de que
ainda faço parte do palco da vida. O que
vir depois será sempre conseqüência. Não
programo, deixo acontecer. Como já dizia
Quinto Horácio Flaco, conhecido como o
Príncipe dos Poetas da Roma Antiga, em
sua obra Ars Poetica, publicada em 18
A.C., ser aconselhável, que um poema
fique, "de molho na gaveta, pelo menos
durante 9 anos. Sou parte dos que
concordam com tal ideia, pois sempre que
leio uma poesia, sinto um gostinho de
lembrança, o que condiz, com tantas
obras póstumas.
- Tem livro(s) impressos, editados ou
por editar, e que não estão em e.book?
No início da Década de 90 escrevi uma
crônica chamada "PIROLINTO - Mocinho ou
Vilão?" Pequena história sobre a
Educação, do interior do Paraná, estado
onde atuei como Professora de 5ª à 8ª e
Segundo grau, até a Década de 00.
"GRAMÁTICA DE RODA", foi um trabalho
didático, que infelizmente, apesar das
tantas idéias e expectativas, ficou
apenas no livro e não pode ser
concluído. "A BUSCA DO ENCANTAMENTO
INSPIRADO NA POESIA" meu primeiro livro
de poesias, editado em parceria com mais
dois colegas poetas. "MELHORES POETAS
BRASILEIROS" - Antologia. "CAFÉ COM
VERSO" - Antologia.
- Tem obras de arte que gostaria de ver
expostas?
Não
- Conhece o novo projeto do Portal CEN,
"SEBO LITERÁRIO"
http://www.caestamosnos.org/sebo/sebo_autores.htm
com divulgação direta Internacional, sem
paralelo na Língua Portuguesa? E
totalmente gratuito?
Não o conheço ainda, mas pretendo buscar
informações a respeito do mesmo.
- Para os artistas Plásticos, entenda-se
o SEBO como um "PORTFOLIO"
Se está interessado (a) neste projeto
contate: FLOR DE ESPERANCA (MARIA
BEATRIZ SILVA)
intercambioculturalcen@hotmail.com
- Fale-nos um pouco de si, como pessoa
humana?
Sou “Humana” no sentido literal da
palavra. Exploro o poder dos sentidos no
trabalho, assim como, em todos os
aspectos da vida; para que nada seja
sacrifício, mas tudo seja a exemplo do
Amor.
- Como Escritor (a) (ou como Artista)? –
A arte é a forma sublime que Deus nos
presenteou, para que pudéssemos tocá-lo
e senti-lo feito matéria viva. Singelo
modelo do Seu Poder.
Tem prémios literários, ou outros?
Ainda não.
- Tem Home Page própria (não são
consideradas outras que simplesmente
tenham trabalhos seus)?
Sim.
http://www.recantodasletras.com.br/autores.php?lista=alfabetica&letra=C&pag=116
- Conhece bem o conteúdo (enorme) do
Portal CEN - "Cá Estamos Nós"?
Não o conheço ainda, mas pretendo buscar
informações a respeito do mesmo.
- Que conselho daria a uma pessoa que
começasse agora a escrever (ou inicie a
sua arte)?
Como já citei anteriormente, tudo na
vida é conseqüência, só não sabemos o
que acontecerá, quando acontecerá e se
acontecerá.
O escrever está dentro de cada um. Basta
praticar o exercício do amor (dedicação,
humildade, esperança, etc.) e tudo irá
acontecendo naturalmente, o que leva o
escritor a não conseguir mais imaginar a
vida sem essa busca, que em alguns
momentos parece fuga. Mas, certamente
enobrece e completa, transformando a
vida em uma grande conquista –
independentemente, dos arremates.
As obras expostas foram autorizadas e
são de inteira responsabilidade do/a
autor/a
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