- Profissão: - servidor público, administrador,
advogado e escritor.
- Quer falar um pouco da terra onde mora?: - Eu moro desde junho de 2011
(quando me casei com Mônica Line Ferreira de Souza Marques, minha maior
inspiração) no bairro de Icaraí, em Niterói (cidade situada no estado do Rio de
Janeiro). Até então morara num bairro da capital fluminense chamado Méier,
localizado no subúrbio e de longa tradição histórica. Um bairro de bela tradição
acolhedora.
Icaraí, por sua vez, é conhecido por ser bela praia, irmã contígua de outras da
mesma área, como São Francisco. Possui um vasto calçadão onde as pessoas se
exercitam usualmente, além de abrigar o Museu de Arte Contemporânea arquitetado
por Oscar Niemeyer. No bairro ademais encontram-se: uma série de restaurantes; o
Campo de São Bento (de extensa área verdorosa); a Reitoria da Universidade
Federal Fluminense (onde me formei administrador e advogado); além de outros
pontos interessantes. Niterói é a segunda cidade mais importante do estado,
sendo considerada outrossim uma das que possuem melhor qualidade de vida do
país.
- Quando começou a escrever?: - Principiei-me nas letras amadoramente aos 10
anos de idade, escrevendo dois “livros infantis” jamais publicados. Afinal, eram
mui diminutos e amadores, ou seja, bem de acordo com a idade.
Hodiernamente busco ser profissional desde 15 de setembro de 2008, tendo escrito
quase 20.000 textos desde tal data, sendo menos de 300 prosas e o restante
poemas. Sou sonetista, trovador, haikaísta (ao estilo oriental), indrisista,
glosador, escritor de poesia livre, contista, cronista e redator.
Desde que comecei a escrever ininterruptamente, decidi lutar pela verdadeira
valorização da literatura com os meios de que disponho atualmente, os quais se
materializam por meio: dos textos publicados em sítios e blogs; por antologias e
concursos literários, por cartazes meus espalhados pela UERJ, onde labuto, e
pela UFF, onde estudei; através de concursos literários que eu mesmo lanço a
público; por meio de participações em Academias de Letras e Artes Plásticas,
além de outras iniciativas minhas.
- Teve a influência de alguém para começar a escrever?: - Na verdade, sem querer
parecer intelectualóide, não sofri influências da poesia, dos contos ou crônicas
(estas são as áreas em que atuo) para escrever quando comecei, aos 10 anos, mas
sim de estórias em quadrinhos e desenhos animados. Nem quando retornei à escrita
timidamente em 1993, aos 17 para 18 anos sofri influências. Nem quando novamente
tentei algo até os 25 anos e depois, após novo intervalo, aos 27. Sim, passei
todo esse período com apenas 159 textos, sendo 60 crônicas e 99 poemas, mas sem
procurar me preocupar em ler nem ao menos alguns clássicos. Admito que se tratou
de um erro crucial.
Eu fui na verdade incentivado por um colega de faculdade de Direito chamado
Diego Velasco, o qual, ao saber que eu escrevia poesia livre, me propôs escrever
sonetos. Por mais que eu já os houvesse conhecido no colégio, nunca optara por
tal “matematização” da poesia. Então, verdadeiramente um mundo novo se abriu
ante meus olhos castanhos da terra. Comecei a ler Camões e Bocage e principiei
minha aventura pelos sonetos (14 versos rimados divididos do modo 4-4-3-3 ou
4-4-2-2, daí o termo “matematização”). Daí parti para as trovas (4 versos
rimados), destas para os haikais (3 versos), destes para os indrisos (8 versos,
sendo 3-3-1-1), destes para as glosas (5-5). Das crônicas parti para os contos
através do Concurso de Contos de Araraquara (o qual, no regulamento, indicou as
formas como se constroem contos), sendo que ainda não voltei a escrever crônicas
desde então, devido a meu ingente interesse pelos contos.
Desde que me integrei de modo mui mais sério à escrita então surgiram sim alguns
autores que passei a admirar deveras, como: Camões (sonetos); Bocage (sonetos e
odes); Edgar Alan Poe (contos); Aluísio Azevedo (romance); Izabelle Valladares
(romance); Mario Rezende (contos); Sílvia Regina da Costa Lima (sonetos); Marcos
Loures (sonetos); Juli Lima (indrisos); Elisa Zambenedetti (haikais ocidentais);
Ivan Petrovich (haikais ocidentais); Osvaldo Júnior Pansera Waczuk (poesia livre
e amorosa); Maria de Fátima Alves de Carvalho (poesia de amor à natureza); Ivana
ou “Olhos de Boneca” (poesia amorosa extremamente carinhosa e delicada); Milena
Campello Jorge (poesia diversificada e poesia sensual); Márcia Alencar (poesia
sensual extremamente envolvente).
Entretanto, minha maior fonte de inspiração trata-se de minha própria esposa, a
qual está próxima de receber 10.000 poemas meus dedicados a si. No átimo são
pouco menos de 9.700 poemas.
- Lembra-se do seu 1º trabalho literário?: - Parafraseando-os, “cá estou eu” a
me lembrar de meu primeiro trabalho na literatura... Minha prima mais velha nem
me dá uma cópia do mesmo, o qual ela guarda cuidadosamente a sete chaves!!!
(risos). Disse-me ela que o achou tão fofinho (já que eu só tinha dez anos de
idade à época) que eu não o conseguirei reaver. Bem, ao menos eu tenho do
segundo livro para frente, gerando uma pilha de folhas de aproximados 2 metros e
10 centímetros de altura nestes meus recentes e incessantes 3 anos e 5 meses de
literatura. Meu sonho é vê-la alcançar o teto do quarto, como se fosse uma
pilastra, sendo que o teto fica a 3 metros do piso do recinto...
- Projectos Literários para 2012 / 2013?: - Ingressar em outras Academias de
Letras e Artes, tentando ajudá-las, como procuro atualmente fazer no caso das 3
que passei a ingressar em 2011: ALAV (Academia de Letras y Artes de Valparaiso –
Chile); ARTPOP (Academia de Artes e Letras de Cabo Frio – Rio de Janeiro) e ANBA
(Academia Niteroiense de Artes, Letras e Ciências - Rio de Janeiro). Além
disso, continuar a participar ativamente da literatura brasileira através de
concursos lançados por mim e por outros autores, através de salões de pintura e
literatura, participar de encontros literários e enfim editar meu primeiro livro
(sim, até hoje não tive coragem de o fazer, apesar de alguns pedidos de
escritores). Por fim, ajudar a Literarte, associação de que faço parte, e
retribuir por tudo o que já fizeram por mim neste meio, mesmo porque temos o
dever de passar adiante as dádivas a nós entregues com carinho.
- Tem livro(s) impressos editados há mais de três anos e que não estão em
e.book?
Só tenho participação em 49 antologias, mas não livro editado solo ainda, devido
a meu medo de o fazer para simplesmente vender a parentes, amigos e colegas.
Estou no aguardo para que meu primeiro livro tenha de fato tratamento
profissional e bastante atenção por parte da comunidade literária.
- Conhece o novo projeto do Portal CEN, "SEBO LITERÁRIO"?: - Conheço-o sim,
sendo que fazer parte deste portal é um dos meus objetivos desde quando fiquei
sabendo acerca de sua existência, no segundo semestre do ano passado. Afinal,
ainda não faço parte de nenhuma instituição com sede na pátria-mãe da língua
portuguesa.
Sei que o Portal CEN, desde 15 julho de 1998 (decorei a data porque eu
aniversario no dia 19 do mesmo mês), luta pela literatura, disseminando-a a
vários internautas pelo mundo e que valoriza deveras os escritores inéditos.
Publica material em revistas on line e busca incentivar a leitura, para que a
sociedade se mantenha culta e não se encontre alienada e fácil de ser
manipulada.
- Fale-nos um pouco de si, como pessoa humana: - Eu aprecio futebol, sendo que
por coincidência sou vascaíno (torcedor do Clube de Regatas Vasco da Gama, clube
com amplas ligações com a pátria lusa). Adoro outrossim rock/heavy metal, sendo
que, na verdade, esta era a minha maior paixão desde 1994, antes de eu regressar
de vez à literatura. Sou caseiro, mas passei a viajar constantemente, devido aos
eventos literários de que faço parte, como Academias de Letras, premiações e
salões de artes. Para ser sincero, durante esses encontros é que me sinto
integrado a meu meio, visto que infaustamente não consigo me sentir assim nas
minhas outras carreiras já citadas.
- Como Escritor (a)?: - Como escritor, tenho pouco menos de 20.000 textos
escritos desde 15 de setembro de 2008, sendo que apenas 303 destes situam-se na
área da prosa. Todavia, tento me aventurar mais e mais pela área de contos. A
larga quantidade de textos se deve a meus objetivos estatísticos anuais, os
quais estabeleço a cada 15 de setembro chegado, data em que se principia meu ano
literário.
Logo, desta data em 2008 a 14 de setembro de 2009 minha meta era de escrever 5
poemas por dia, sendo que consegui suplantá-la, apesar de o ter feito com
bastante dificuldade. Ainda não escrevia muitas cousas que não fossem de poesia
livre.
De 15 de setembro de 2009 a 14 de setembro de 2010 estipulei 12 poemas por dia,
mas alcancei ao fim a média diária de 15 poemas. Nessa época eu já conseguia
vislumbrar o quanto escreveria para cada ideia, sabendo quando cada poema
terminaria, visto que os sonetos, as trovas, os haikais, os indrisos e as glosas
já faziam parte de minha vida. Bastava calcular quando um tema se findaria: por
exemplo, eu poderia precisar de 11 sonetos para terminar um tema.
De 15 de setembro de 2010 a 14 de setembro de 2011 a meta era 15 poemas diários,
mas a média final gerada foi de 25 poemas. Escrevi ademais poucas dezenas de
contos e crônicas, os quais faziam parte de meu objetivo inicial. Comecei um
romance policial nos moldes de Maigret, o qual estacionei por uns tempos com 5
capítulos prontos. Tenho outro em mente, mas ainda nem o rascunhei.
Em 15 de setembro de 2011, justamente com o objetivo de me focar na prosa, não
estabeleci u’a meta estatística, mas já me encontro na média de 20 poemas por
dia, tendo parado um pouco de escrever prosa.
- Tem prémios literários?: - Em 2011 eu recebi o Prêmio Interarte como um dos
melhores contistas do ano (pela Literarte e pela Academia de Letras de Goiás
Velho), o Troféu Destaque (pela Academia de Niteroiense de Artes, Letras e
Ciências) e, em 2012, o Prêmio Literarte (em Curitiba).
Em 2011 fui chamado por um escritor chamado Bosco Esmeraldo a comentar a minha
amizade por ele mesmo, o que, segundo o autor, o deixou mui sensibilizado,
fazendo que o texto passasse de comentário à categoria de prefácio. Tipo de
atitude que não tem preço para mim!
Em 2011 fui chamado a prefaciar o livro “O mistério da mulher de sapatos
vermelhos”, devido a minha resposta à pergunta “Qual o mistério da mulher de
sapatos vermelhos?”. Mal pude acreditar, principalmente se eu mencionar que
minha esposa dissera que sentia em sua mente que o texto seria com certeza usado
para prefaciar o livro, devido às completas coesão e coerência com a pergunta.
No dia seguinte, para meu total espanto, surgiu o convite para que a resposta à
pergunta citada fosse usada como prefácio.
- Tem Home Page própria (não são consideradas outras que simplesmente tenham
trabalhos seus)?: - Eu tenho dois blogs (“Literatura da Natureza” e “Erotismo
com Arte”), mas minha esposa e eu temos planos de que eu construa sim um sítio
solo.
- Conhece bem o conteúdo (enorme) do Portal CEN - "Cá Estamos Nós"?: - Sei que o
Portal CEN lida com literatura (cantinhos deliciosos com prosa e verso), mas
também com geografia, história, notícias (de Portugal, do Brasil e do mundo),
aulas de língua portuguesa, entrevistas, revista do Portal, pesquisas e outros
assuntos mais. Na verdade ele é o mais vasto que me lembro de ter visto, sendo
que só consigo compará-lo ao brasileiro Recanto das Letras.
- Que conselho daria a uma pessoa que começasse agora a escrever ?: -
Diferentemente do que eu fiz, eu aconselharia a pessoa a ler bastante e, se
possível, de modo diversificado, antes de se aventurar pelas letras, visto que
isso faria que a obra deste ser humano fosse de mui melhor qualidade do que a
minha inicial foi.
Eu somente comecei a ler literatura após os 33 anos, o que é absurdo em se
falando acerca de alguém que se quer dizer escritor! Só o que eu lia de 1995 a
2008 eram revistas de rock, as quais, embora procurassem trazer temas literários
ricos, ainda assim definitivamente jamais foram livros que atendam a um pretenso
escritor. Aconselho a leitura de escritores clássicos, mas, igualmente a de
desconhecidos do público em geral. Pela segunda vez em uma entrevista fiz
questão de indicar escritores não consagrados entre minhas influências recentes
porque, além de eu estar sendo verdadeiro com eles, considero um crime de
lesa-literatura nós somente indicarmos escritores-medalhões, olvidando-nos dos
colegas de luta.
- Para terminar este trabalho, queira fazer o favor de mandar um pequeno (e
original) trabalho seu (em prosa ou em verso) ?:
Por acaso posso enviar um original de antologia da qual participo e que estará
no Salão do Livro de Paris no primeiro semestre deste ano? Afinal, eu não tenho
livro editado ainda. Na verdade, estou entre os 30 semifinalistas que
concorrerão a 8 vagas de edição da Associação Literarte em 2012, após havermos
sido escolhidos entre mais de 300 escritores.

Vera amada minha
Paulo Caruso
Tu não trazes litanias
a meu ser acostumado
a Perjúrio e Perfídia,
o casal sempre na mídia
e no mundo inebriado
destes nossos falsos dias.
Os dois fazem rebentos
como pútridas sementes
em intenso farfalhar...
Tu trazes-me momentos
que transformam os repentes
em beleza a borbulhar.

Cuidando de tuas pétalas
Paulo Caruso
Devo ter cuidado ao tocar
tuas pétalas adocicadas,
porquanto são-me elas dadas
em assaz incauto confiar!
Ademais, são frágeis elas!
Mas são ávidas por afagos.
Os meus toques são bem pagos
com teus ósculos, sorrisos e trelas!
Devo tê-las em cuidado,
possuí-las com todo carinho
que uma flor a mim suplique.
Tu não tens, porém, suplicado,
porque trato-te com jeitinho.
Que em teu peito este fique!

2012 |