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Ligia Scholze Borges Tomarchio |
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RETENDO
IMAGENS
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11 de 13 Pág. |
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SURPRESA
Ligi@Tomarchio®
Negro,
macio,
áspero
corações
ardentes
escapam
ruas
claras
transparecem
o
insano
amor
sutil.
Susto
estridente,
enfumaçado
surpreende
sensações
talvez
douradas
névoa
cálida
reprimem.
Brancos,
robotizados
lentos
brincam
nas
ruas
amores
rumando
ao
vento
das
largas
avenidas
sorrindo.
Pontiagudos
me
espetam
escovando
a
maldade
sendo
nas
ruas
embaçadas
a
morada
da
grande
incógnita.
Ligi@Tomarchio® |
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NUNCA
DESISTA
Ligi@Tomarchio®
Não
se
torture,
não
mergulhe
no
desespero
a
vida,
precisa
de
um
tempero.
Deixe
a
natureza
decidir
não
adianta
lamentar
só a
vida
vai
ensinar
a
sabedoria
dos
que
sofrem.
Procure
relaxar
não
desanime,
nem
desista
insista
em
lutar
para
alcançar
o
que
almeja.
Não
mude
sua
vida
em
função
de
um
problema
verá
que
o
tempo
fará
do
problema
uma
simples
lembrança.
Pode
ser
muito
desagradável
doloroso
até
nunca
sem
solução,
haverá
sempre
um
caminho
a
seguir.
Use
sua
energia
apenas
positivamente
deixe
o
negativismo
para
os
tolos
retire
a
essência
da
sua
alma
para
curar
todos
que
precisam
de
ajuda!
Ligi@Tomarchio® |
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LOUROS
Ligi@Tomarchio®
Nunca
mais
os
verei
louros
atentos
ao
tempo
brancos,
perseguem
os
louros
da
sábia
fama
eterna
Ardente
chama
desalento,
lento
desvão
encoberto
por
tristes
vidas,
idas.
Ligi@Tomarchio® |
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MARESIA
Ligi@Tomarchio®
Em
horizonte
azul
permaneciam
delícias
murmurantes
ondulando
e
olhares
puros,
a
remar,
nasciam.
Escaldantes,
os
grãos,
amarelando
refletem
o
infinito
transparente
de
sonhos
cristalinos
resvalando.
Do
morro,
arraigado,
transcendente
brancas
nuvens
dissipam
devaneio
voam
olhares
pelo
sol
ardente.
Baila
surfista
no
solar
anseio
de
ver
a
sagração
d'um
abissal
sentir
terral
na
pele
sem
receio
ser
ele
o
próprio
móbile
de
sal.
Ligi@Tomarchio® |
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MARÉS
Ligi@Tomarchio®
Horizonte
azul
permanece
inocente,
delicia
as
brumas
murmurantes,
sem
questionar
a
pureza
do
ser
que
renasce.
Escaldantes
grãos
cristalinos
refletem
o
infinito
transparente
desnuda
sonhos
e
ilusões
(utopia)
dos
que
vivem.
Frente
a
grandes
torres
de
concreto
coloridas
e
brilhantes
o
mar
soberano
alí
permanece,
irriquieto.
Ondas
deslizam
perenes
vozes
soam
perdidas
no
ar
quante,
solar
surfista
baila.
Morro
verde
imponente
arraigado
e
firme
transcende
utópico
o
desejo
de
ser
andante.
unindo-se
às
águas
atravessando
o
asfalto
cobriria
toda
areia
de
verdes
pensamentos.
O
mar
com
certeza
romperia
barreiras
interiores
abriria
os
braços
à
natureza
divina.
Através
da
retina
do
Sol
olhares
se
perdem
aquecem
corpos
desnudos
queimam
ilusões
impertinentes.
Caminhando
sôbre
o
mar
brancas
nuvens
dissipam
osfrésicos
sonhadores
lângüidos
olhares
perdidos.
Ligi@Tomarchio® |
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ODE
PALEOLÍTICA
Ligi@Tomarchio®
Gruta
interna
és
vão
oco
poucas
carregam
tal
inércia
água
escaldante
te
invade
no
transmutar
da
essência.
Rocha
bruta
és
imantada
cristal
líquido
te
encobre
onde
dedilham
arcanjos
sonoros
riscos
num
sabre.
Pedra
rara
és
reluzente
vaidosa
sob
teu
reflexo
desnudando
sábias
águas
a
ditar
falas
sem
nexo.
Grão,
paládio
tênue
grão
sabes
átomos
sustentar
ao
cosmo
ergas
o
missal
coroando
lírios
no
altar.
Ligi@Tomarchio® |
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NASCIMENTO
Ligi@Tomarchio®
Quero
ser
feto
outra
vez.
Viver
envolto
e
protegido
em
meio
às
vísceras
e
sangue
respirando
a
vida,
a
vida...!
Quero
voltar
a
ser
criança.
comer
a
terra
sem
medo
chorar
por
um
carinho
esquecido
ter
medo
do
escuro
e
correr...!
Quero
voltar
a
ser
uma
lembrança.
de
alguém
muito
querido
de
um
ser
inocente
que
a
tantos
fez
sorrir...!
Quero
esquecer
a
outra
parte.
Desfazer-me
das
recordações
ver-me
de
verdade
e
não
mais
me
sentir
culpada...!
Ligi@Tomarchio® |
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MORTE
Ligi@Tomarchio®
É
esse
gosto
amargo
que
sinto
de
sangue
que
vomito
de
prazeres
que
reprimo
de
rumores
que
não
minto!
É
esse
gosto
amargo
de
vida
de
sofrida
e
perdida
de
maldita
e
traiçoeira
de
ditos
por
não
ditos!
É
esse
gosto
de
amor
na
boca
de
tanto
querer
e
não
sentir
de
tanto
amar
e
não
deglutir
de
tanto
roer
e
não
conseguir!
É
esse
gosto
de
solidão
de
tanto
procurar
o
que
perdi
de
tanto
rezar
para
não
mentir
de
tanto
dormir
para
esquecer
de
tanto
morrer
ao
amanhecer...!
Ligi@Tomarchio® |
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