Que,
na
verdade,
era
o
príncipe
encantado.
Ele
estava
a
voar
por
todos
os
lados.
Foi
quando
uma
fada
o
percebeu
E
notou
que
era
diferente
de
todos
os
do
jardim.
Voou
para
perto
dele
e o
recebeu
Dizendo:
"
Que
também
seja
teu
o
nosso
jardim!"
"Bela
fadinha,
pobre
peregrino
sou
eu,
Um
terrível
encanto
me
aconteceu.
Tudo
porque
eu
não
dei
real
valor
A
tudo
o
que
o
bom
Deus
me
ofertou.
E,
cego
por
minha
ganância
desenfreada,
Quis
tornar-me
feiticeiro
para
atrair
muitas
riquezas.
Foi
quando,
da
Floresta
Encantada,
Surgiu
a
Mãe
Natureza.
Ela
me
disse
que
o
meu
anjo
da
guarda
Estava
triste
e
cabisbaixo
E
que,
por
causa
das
minhas
faltas,
Eu o
afastei
do
meu
lado.
Dali
por
diante,
eu
deveria
aprender
uma
lição.
Mas
não
dei
ouvidos,
lancei
poderoso
feitiço
de
minhas
mãos.
E o
feitiço
se
voltou
contra
mim,
Tornei-me
um
monstro
terrível,
de
tão
ruim.
Mas
a
Mãe
Natureza,
vendo
o
que
aconteceu,
Pegou
um
pote
com
barro
e o
levou
para
Deus
E
pediu
que
ele
me
moldasse
outra
vez,
Com
um
novo
coração
talvez...
'Visto
sua
grande
maldade,
o
farei
pequenino,
Pois
precisa
de
humildade
em
seu
caminho.
Nasceu
príncipe,
mas
agora
será
um
colibri
Até
que
reconheça
que
todo
o
poder
pertence
a
Mim.
Somente
o
amor
verdadeiro
Poderá
transformá-lo
ao
que
era.
Não
sejas
tolo,
nem
traiçoeiro,
Ou
tornarás
a
ser
a
terrível
fera.'
Prometi
mudar
e
ser
benevolente
Para
ser
príncipe
novamente.
A
Mãe
Natureza
muito
me
ajudou
E,
até
este
jardim,
me
guiou.
Disse-me
para
encontrar
a
meiga
donzela.
Diga-me,
fadinha,
se
sabes
quem
é
ela".
"Sim,
eu
sei
quem
é,
majestoso
colibri.
Mas,
há
tempos,
ela
desapareceu
daqui.
Adulta
tornou-se
e
nos
esqueceu...
Mas
o
seu
amor,
entre
nós,
floresceu.
Aquelas
lindas
flores,
foi
ela
quem
plantou.
Tudo
era
belo
e
radian
te...
Até
que
nos
deixou..."
Pobre
fadinha,
estava
a
chorar
De
saudade
da
amiga
que
partira
sem
avisar...
Foi
quando,
de
repente,
uma
moça
surgiu.
Ela
cantava,
tristemente,
"
Meu
coração
se
partiu
Por
minha
ingênua
e
doce
ilusão
De
acreditar
numa
dolorosa
paixão".
"Samira
voltou!",
disse
a
Rainha
das
Fadas.
"E
vejam
só
como
está
mudada!
Por
onde
andaste,
meiga
criança?
Por
que
nos
tiraste
de
tua
lembrança?".
"Querida
Rainha,
sofri
por
uma
paixão,
Por
um
jovem
que
não
correspondeu
ao
meu
coração.
Ao
fim,
eu
soube
que
se
tornou
feiticeiro
E,
ainda
assim,
o
busquei
pelo
mundo
inteiro.
Mas
agora
que
voltei,
não
sairei
mais
daqui.
Quero
voltar
a
ser
quem
era,
quero
voltar
a
sorrir"
Nesse
momento,
o
príncipe
reconheceu
seu
erro,
Pois
viu
que
o
amor
da
jovem
era
verdadeiro.
Ele
a
rejeitou
por
ela
viver
na
pobreza,
Pensava
que
ela
fosse
oportunista
e
interesseira.
Foi
quando
a
fadinha
pediu
que
Samira
cuidasse
do
colibri
Que,
de
muito
longe
veio,
e
buscou
abrigo
ali.
Samira,
sem
de
nada
saber,
Acolheu
o
pequeno
colibri
em
suas
mãos.
Tamanha
a
ternura
a
envolver
O
colibri
e a
linda
jovem
em
um
só
coração!
Então,
num
suave
aconchego,
Samira
aproximou
o
colibri
do
coração.
Carinhosamente,
deu-lhe
o
beijo
Que
iniciou
a
maravilhosa
transformação.
Então,
arrependido
por
todo
o
mal
que
gerou,
O
príncipe
pediu
perdão
e
ofertou
seu
amor
À
linda
jovem
que,
de
seu
egoísmo,
o
libertou.
E,
para
sempre,
sua
vida
mudou.
Agora,
naquele
jardim,
só
há
felicidade!
Nele,
floresce
o
amor
de
verdade.
O
príncipe
e a
princesa
serão
felizes
pela
eternidade.
E
fadas
e
anjos
afastam
do
jardim
toda
a
maldade.
Maria
Cleide
da
Silva
Cardoso
Pereira