Revista "Aquilo que a Gente Sente"

Março de 2010

Uma Revista Exclusiva dos Membros da

Liga dos Amigos do Portal CEN

 

Editora: Iara Melo

 


 

 

 

 

 

VASO VAZIO
 
Alba Albarello
 

 

Admirando  o meu jardim pertencente  à  minha residência, apresentou-me uma grande saudades do que minha querida mãezinha deixou organizado, com muitas flores e plantas.
Examinando todos os canteiros como estavam no que diz respeito a terras, adubos e tudo o que há necessidades em seus blocos.
Apareceu em um  canteiro, um vaso vazio, muito bonito, apresentou-se muito triste em virtude de encontrar-se muito solitário,  e pensei comigo como isto aconteceu, este lindo vaso e abandonado, parado e inutilizado com uma forma lindíssima, com muito amor.
Pensando e olhando as minhas plantas no jardim, por que será que este vaso ficou vazio. Fui verificar o que estava acontecendo, sem planta como se nada fosse. Não está de acordo com a sua presença, e pensei com os meus botões, ele não ficará mais sozinho e também não triste, sem a sua florzinha.
Organizei e voltei novamente onde estava o vaso vazio e dediquei que não mais se sentirá sozinho e desocupado.
Não vou deixar despovoado e com uma ótima terra e bem unido. Enxuguei as minhas lágrimas e lembrei-me de minha querida mãezinha que sempre tinha sua grande escolha e uma perfeição de vasos com flores que serão bem germinadas e bem cuidadas.
Não vou deixar o vaso vazio, realizando a obra que efetuarmos com a realização de um toque de uma linda poesia com seu lindo estilo.
 
 

***

O JARDIM
Alba Albarello
 

Este vaso é delicado,
colocamos com muito amor.
Adornamos suas lindas flores,
que exalem perfumes. Com lindas imagens!
De sentimentos delicados, este será o meu
formoso vaso, acompanhando a minha alma.
Dividida.ficando em meu coração,
com este vaso lindo e como novo,
e palavras ostentadas no silêncio.
Surpreendente, pulsando em meu peito,
celebridade da afeição similar e um lindo tesouro.
E como um palácio de uma grande escolha,
de suas lindas flores e serenidade.
 
 
 
 
 
 
 

 

MEU POBRE PAI
(Ari Santos de Campos)

 
Eu quero apagar, tira-lo da mente,
o vulto da cena visto em um dia:
de luto o meu choro é tão comovente
que a fala enfraquece e a voz balbucia.
 
O povo aparece, por conseqüente,
faz a procissão, com “Ave-Maria”,
e segue nas ruas, tendo na frente,
a cruz com o esquife entre a romaria.
             
E junto ao cortejo, no campo-santo,
se seguem gemidos com emoção...
- Sem tino eu enterro meu pobre pai.
     
A terra sem seiva destroça o encanto
da vida que torna ao pó deste chão...
- E agora vos peço: ó pai, me levai!...
     

***

AO ÉDEN

 
(Ari Santos de Campos)

 
Vou me atrever a viver contumaz:
- quero enlaçar os meus sonhos aos seus,
sei que em seu mundo não restam jamais
sonhos feridos unidos aos meus.
 
Minhas malicias ficaram pra trás:
não trilharei mais caminhos ateus...
busco meu mundo, repleto de paz,
tal como um éden - viver semideus.
 
Neste meu vale sem cor, nem valor,
vejo lampejos cruzando o meu fim;
por isso torno e prossigo no amor.
 
Se dentre às pedras jogadas em mim,
em qualquer fenda nascer uma flor,
lá, com certeza, farei meu jardim.

 

http://www.caestamosnos.org/Liga_Amigos_CEN/Ari_Campos/index.html

 

 

 
 
 
 

 
 
Grupo de haicais "Silêncio da tarde",
Menção Honrosa no 27º Concurso Takemoto, São Paulo, 2009

Benedita Silva de Azevedo

01
Silêncio da tarde –
Só o farfalhar das folhas
Na aragem que passa.

02
Brisa da manhã –
No cheiro de maresia
Regresso à infância.

03
Ao romper da aurora
Suave perfume no ar –
Outra vez setembro.

04
Manhã bem nublada -
Só o brilho dos cacaus
pendentes do galho.

05
Bougainvillea em flor
Cobrindo toda a murada –
Ah, são tantas cores!

06
As ondas do mar
Recolhem as cores do céu –
Partida de pássaros.

 07
O ipê amarelo
Reflete o brilho do sol –
Na sombra um cavalo.

08
Visita à fazenda –
As flores da primavera
Também no vestido.

09
Ao final da tarde
O peão volta à fazenda –
Canta o bem-te-vi.

10
O vaso de frésias
Sobre a mesinha de centro –
Sala iluminada.

Magé - RJ
Primavera de 2009

 
 

 
 

 

 
“A Florinha” – de Carlos Leite Ribeiro
 
 

 


Juro que não sabia...
O que em algumas regiões do Brasil lhe chamam de “Florinha”...
Tudo começo quando uma gentil Autora do CEN me mandou uma fotografia, tirado no seu jardim, em que uma florinha ficou no seu regaço.
Como acontece sempre que me mandam alguma coisa, agradeci à simpática e gentil Autora, mais ou menos nestes termos:
- “(...) uma linda, expressiva e inteligente carinha, que tem em baixo uma “florinha”, que se nota bem cuidada e melhor regada (...).
Mas que sarilho que esta “florinha” me deu, pois logo me respondeu que...:
- “Não aceitava brincadeiras destas, pois era senhora muito respeitada e, além disso, era casada”.
Caí das nuvens e perguntei a um amigo brasileiro, o que era a tal “florinha”. Durante toda a minha vida, sempre ouvi chamar-lhe muitas coisas (algumas até bastante feias), mas “florinha” é que nunca tinha ouvido chamar-lhe!
Por cá, florinha é uma flor mimosa, bem tratada, bem regada... (ai que já estou com receio de estar a pôr “o pé na argola”...), que nós admiramos tantos as que se encontram nos campos, em estufas próprias para florinhas, ou mesmo as que temos em vasos na nossa casa ou jardim.
Outras compramos (as chamadas de corte) para delicadamente as colocarmos em jarras, onde as afagamos com certo carinho, as regamos bem, as admiramos, etc..
Mas nunca estas flores, de quem fiz grande confusão!
Quando vimos uma senhora com uma flor ao peito, temos por hábito, pedir-lhe a sua florinha. Imaginem só, que o termo florinha, fosse como é com o sentido brasileiro!
Para tirar o assunto a limpo, desloquei-me a uma casa que vende flores, aqui na Marinha Grande, onde a proprietária é minha conhecida há anos. Pedi-lhe que me desse uma florinha, e qual o meu espanto, que a senhora olhou para mim, sorriu matreiramente, e respondeu-me:
- “Com essa cara de malandro, tu queres é outra “florinha”, mas daqui não levas nada, rapaz!”.
Pelos vistos, não é só no Brasil que este termo é conhecido...
Isto me leva a pensar no que ouvi a uma viúva, num funeral que acompanhei no Verão passado, em que ela lamentava que o seu defunto nunca mais veria as belas “florinhas” que rodeavam seu corpo.
- Seria que a viúva, não queria referir àquelas “florinhas”, mas sim, a alguma “florinha” em especial?
A Língua Portuguesa é tão traiçoeira...

Carlos Leite Ribeiro - Marinha Grande – Portugal
 
 
 
 

 

AQUILO QUE A GENTE SENTE
 


Célia Lamounier de Araújo


Sou como rosa de muitas pétalas
para você arrancar
uma a uma.
Cada perfume e cor
se entranhando em você.

E a cada encontro
menos uma
por seu silêncio abortada
cai ao chão
e renasce

nova rosa amorosa
mais sua
fecundada em versos
modificada
pelos traços seus.

Escorre o poeta e a rosa
no tempo que une
e ao final
são um só.

 
***


FALA-ME VIDA

 
Célia Lamounier de Araújo


Ensina-me o que é importante
de tudo o que temos
quem é o mandante
nosso Pai Protetor
que disse: Para viver bem
Amai-vos uns aos outros
não se apegando à terra
pois na hora da viagem
certo é que tudo se encerra.
 
Ensina-me em seus atalhos
o caminho da luz, do nascer e crescer
agradecendo todos os dias
a beleza do tempo que se renova
a beleza do ar, da água da vida
presentes de nosso Pai Criador.
 
Fala-me vida e me ensina
A ser humilde e a ser herói
Vivendo em busca do saber e do bem
Buscando a perfeição no amor
E pelo amor crescendo também
Trabalhando sempre por um mundo melhor.

 

 

Glosando A. A. de Assis

Gislaine Canales

 


TEU BEIJO VIRTUAL

MOTE:

Teu beijo pela internet
vem sempre com tal calor,
que qualquer dia derrete
meu pobre computador!

Teu beijo pela internet
traz amor, traz alegria,
é sempre a melhor manchete
acarinhando o meu dia!

Esse beijo de carinho,
vem sempre com tal calor,
que suaviza meu caminho,
apaga a tristeza e a dor!

Tanta luz ele reflete
traduzida em emoção,
que qualquer dia derrete
meu cansado coração!

Esse teu beijo virtual
que chega cheio de amor,
deixa com ciúme letal
meu pobre computador!

 

***
 
Glosando Delcy Canalles

Gislaine Canales
 
   VEJO DEUS...
 
MOTE:
 
Eu vejo Deus na magia
dos versos simples que teço
Deus é rima, amor, poesia,
é fim, é meio, é começo!
 
Eu vejo Deus na magia
e em tudo que é belo e existe...
Eu vejo Deus na alegria
e O vejo até no que é triste!
 
Deus me dá a inspiração
dos versos simples que teço
e eu os faço com emoção,
e emocionada agradeço!
 
Nos diz a Teologia
que Ele é o Senhor do Universo:
Deus é rima, amor, poesia,
Deus é o autor do meu verso!
 

É Deus, o Ser mais profundo
tem, tudo, como endereço,
é origem do nosso mundo:
é fim, é meio, é começo!

http://www.caestamosnos.org/Liga_Amigos_CEN/Gislaine_Canales/index.html

 


 
 
DECEPÇÕES E DORES...
 


Ilda Maria Costa Brasil


Marta acordou melancólica; sentia-se amargurada e triste. Há muito estava a evitar bate-papos porque havia sofrido inúmeras decepções nos últimos anos. Por isso, não via razão para abrir-se com os outros. Seus dias se transformaram numa rotina entediante. Seus pensamentos, emoções e sentimentos eram nebulosos, calejados e repletos de medos e de ansiedades.
Minha personagem costumava comparar sua alma aos dias ventosos, frios e chuvosos. Sua presença deixava-me enfraquecida, tamanha era a sua negatividade. Todos os dias... todas as horas... só pensava, pensava; mas nada de agir e de romper com aquele universo pequeno e obscuro.  Nada a alegrava.  
Certo dia, ao visitá-la, percebi que estava bastante envelhecida e pálida. Naquela tarde, só eu falei; ela parecia distante – um exaustivo, autêntico e verdadeiro monólogo.
Ao despedir-me, uma certeza, não mais a veria; mas, mesmo assim, retirei da bolsa o livro “Nunca desista de seus sonhos, de Augusto Cury” e o entreguei. Sorriu-me e me abraçou fortemente.
 
Um mês depois, retornei ao local, a casa estava a venda e os vizinhos não souberam informar o que havia ocorrido. Hoje, seis meses depois, recebo pelo correio, como encomenda simples, o livro. No pacote, nenhuma palavra.

 

***

PITANGA, A COR DO SABOR E DA VIDA.

Ilda Maria Costa Brasil
 

Sempre que transito na Rua São Francisco, recordo da minha infância e de uma pessoa que muito apreciei e que não mais está no mundo terreno: Cristiane von Saltiél, pois passo embaixo de uma majestosa pitangueira. Ambos, com muito lirismo e subjetividade, escreveram sobre vivências infantis onde as pitangas tiveram um papel singular. A Cris, em seu poema, pinta imagens belíssimas de um grupo comendo pitangas no campo, dando-lhes vida, magia e beleza.  
Infância... Pés de pitangueiras eram comuns nos campos de meu avô paterno. Havia árvores de diversos tamanhos. Algumas, pequenas; outras, segundo vovô, em torno de 2 a 4m de altura. Para mim, as suas folhas e flores tinham aroma agradável de festa. Eu adorava esmagar o fruto maduro entre as mãos e comê-lo, vagarosamente, a fim de saborear aquela massa deliciosa, doce e perfumada de tom vermelho. Na época de colheita, pela manhã e no fim da tarde, percorríamos as pitangueiras para colhermos os frutos. Esses tinham que ser apanhados com cuidado e muita habilidade, pois, quando maduros, são frágeis e os dedos que os apanhavam eram gulosos e devoradores. Eu e minhas primas acreditávamos que, se comêssemos o fruto bem madurinho, ficaríamos com os lábios vermelhos, tal qual batom.
Lembro-me que torrávamos a paciência de vovô perguntando sobre o período em que o fruto estaria maduro. Ele nos explicava, calmamente, que era preciso esperar o retorno das aulas: março e agosto, pois “a danada da plantinha, para agradar a meninada, dá frutos duas vezes no ano”. Essas palavras eram sempre acompanhadas de um largo sorriso e muito brilho nos seus lindos olhos azuis. Nós as consumíamos ao natural (normalmente, sem lavá-las), em forma de geléia, sorvete, compotas e sucos e, aos adultos, acrescentavam deliciosos vinhos, licores e caipirinha. Quando retornávamos para casa, a roupa estava tomada de manchas vermelhas; não esquentávamos com as broncas que ouvíamos, já que alma e estômago estavam forrados de encarnado, a cor do sabor e da vida, a cor da pitanga.    
Nem tudo era alegria, em certas ocasiões, davam-nos chá de pitangueira. Desse, eu não gostava e ficava pensando o porquê dos adultos destruírem, dessa forma, a beleza dessa plantinha tão mágica e fascinante.  Na minha opinião, era um gesto cruel e horrível “dos grandes”.
Até hoje, ao passar próximo a uma pitangueira, o seu perfume doce e aromatizado me faz sentir criança.


***

A BARATA

Ilda Maria Costa Brasil


 
5ª Feira Santa, 15 horas... Não lhes temo, nem morro de amores por elas.
Encontrava-me numa agência bancária no centro de Porto Alegre, aguardando numa fila quilométrica, quando vi um funcionário se aproximar da garota que auxiliava os clientes nos caixas eletrônicos. Ele lhe sussurrou algumas palavras. Ela, imediatamente, virou-se e olhou na direção do elevador. Paralisei, pois imaginei que havia, no ambiente, alguém suspeito, um possível assaltante. Porém, ao olhar para o rosto da atendente, percebi um sorriso sarcástico e dissimulado. Virei-me e notei que, no vidro da divisória, caminhava, tranquilamente, uma visitante indesejada e nada oportuna.
O rapaz, rapidamente, encaminhou-se ao corredor e, a alguns passos da enxerida turista, agachou-se, retirou o tênis do pé direito e, impetuosamente, atacou a sua vítima, a qual, zonza, tentou proteger-se. O garoto, na ânsia de livrar-se da bichinha e numa nova investida, desequilibrou-se um pouco. Refez-se logo e, com o tênis na mão direita, voltou a atacar a indefesa vítima que, embora ferida, defendeu-se do inimigo. O duelo HOMEM-BARATA esquentou: ele, atacava; ela, defendia-se. O seu ir e vir irritou o jovem funcionário o qual acreditava dar-lhe fim, sem ser notado por clientes.
A atrevida barata corria pelo vidro, balançando, descompassadamente, suas anteninhas, como a desafiar o agressor: “– Vem... vem...” Esse a olhou com desprezo e a atacou, outra vez, com mais força e agressividade.
 O terceiro e último golpe a derrubou agonizante e, em segundos, começou a escorrer de seu corpo um líquido gosmento e esbranquiçado. Agressor, vítima e expectadores, silenciosos. De repente, passou-me um frio desconfortante e fiquei na espera do gesto final. O cruel agressor abaixa-se, pega o corpo estraçalhado, joga no lixo e, a seguir, retorna às suas atividades.
Faço meus pagamentos e me retiro pensando no quanto os homens têm sido cruéis com os seus semelhantes; logo, dar fim a um bichinho considerado uma praga, não provocaria em ninguém piedade, conflitos pessoais ou remorsos.
 
 

 

 

 
VENTO RUIDOSO
 

 

Iraí Verdan

Rondel

- Sou o vento ruidoso que anda...
Pelos caminhos da tarde fagueira.
Que balança as flores da lavanda,
E espalha as rosas, da roseira.

Sou a brisa que passa faceira!
No vai e vem da rede, na varanda.
- Sou o vento ruidoso que anda...
Pelos caminhos da tarde fagueira.

Enquanto a musa desta ciranda
Recolhe as flores da cerejeira,
Para enfeitar com elas, sua guirlanda,
Desfaço a fantasia da sua brincadeira:
- Sou o vento ruidoso que anda!

Magé-RJ, Brasil.

 

***


Abordagens utilizadas no filme
 “AO MESTRE COM CARINHO”

 
Iraí Verdan
 

Protagonista: Ator Sidney Portier
 
Neste Filme, o professor, que na verdade não exercia esta profissão, e sim, era um engenheiro desempregado. Diante de tal circunstância, aceita o desafio de lecionar num colégio onde estudam adolescentes rejeitados em outras instituições, por serem tidos como rebeldes e discriminados nas sociedades em que viviam.
 
Inicialmente, este professor também é discriminado por sua postura, completamente diferente do modelo daquela escola.
 
Para trabalhar com estes alunos, utiliza todas as técnicas de abordagens comportamentais conhecidas e vividas por ele em suas experiências, em seu dia a dia. Entretanto teve que abandonar estas técnicas, ser criativo, buscando reforços nas respostas em que os alunos lhe davam em sala de aula. Ao jogar os livros dentro da lixeira, diante da turma inteira, demonstrou isto, que as técnicas utilizadas naqueles livros já estavam ultrapassadas. Naquele instante percebeu, claramente, que um novo modelo de Educação era o seu maior desafio.
 
Abordagem Comportamental - Metodologia Aplicada: Skinner
 
Segundo a Técnica de Comportamento definida por Skinner, é preciso reconhecer os Determinantes do Comportamento do indivíduo. Isto é, saber de que forma o comportamento é afetado pelas consequências de comportamentos similares.
 
Conhecendo os Determinantes do Comportamento, o homem estará mais capacitado a assumir o controle do próprio destino. À transformar as punições (consequências) em experiências, que servirão de reforços para um novo modelo de Comportamento.
 
Observamos esta Técnica de Abordagem Comportamental defendida por Skinner, sendo claramente utilizada pelo Professor, em episódios ocorridos em sala de aula, em momentos de lazer e na prática esportiva. Um desses momentos é o que nos mostra as cenas do filme, quando o aluno provoca o Professor em uma aula de boxe, convidando-o para lutar com ele. Para deixar o Professor sem chances de não aceitar o DESAFIO, faz-lhe o convite na presença dos demais colegas de classe, e deixando cair aos pés o par de luvas. Diante de tal desafio, o Mestre prepara-se para a “luta”. Dos golpes das luvas do adversário, sabiamente, se desvia o Professor, mantendo-se sempre em guarda, o que dava aos assistentes da luta um sinal de vitória para o aluno desafiante. Entretanto, o Professor dá sua “resposta” aos alunos, desferindo apenas um golpe no aluno, que pára de lutar no mesmo instante, demonstrando sentir forte dor.
 
Após o treino de boxe é este mesmo aluno quem aborda o Professor:
-  Quantos golpes Professor?
-  Apenas um.
-  E por que não me bateu de novo? Eu queria machucá-lo. (Revela sua intenção na luta).
Aproveitando o diálogo do Professor e seu aluno, pergunta-lhe o significado da palavra “t r a m p o”. Este lhe responde: - Trabalho, emprego. E para surpresa ainda maior deste aluno problemático da turma, o Professor pergunta-lhe se quer ensinar boxe no próximo trimestre.
 
O Professor condicionou a resposta do aluno como reforço de modelo de educação que estava passando para a turma, forçando-os a tomarem decisões, na descoberta de aptidões, e transformando-os para assumir o controle de suas qualidades positivas.

Um educador tem que ser criativo e ter flexibilidade de métodos e critérios, com vistas às diferenças individuais dos alunos.
 
EDUCAÇÃO é transmissão de cultura e sua reprodução é múltipla pela descoberta e a criatividade.
Este foi o papel deste Mestre do filme “Ao Mestre com Carinho”. Um modelo de educador, que observou as atitudes de cada aluno, individualmente, de que modo as consequências de outros comportamentos vividos por eles e a sociedade em que viviam, afetaram o modo de interagir em sala de aula.
 
Trabalhou para a transformação do comportamento de cada um de seus alunos em sala de aula, com aproveitamento de suas qualidades positivas  e a descoberta de suas vocações, dons e criatividades.
 
Demonstrou ser propiciador de comportamentos. Isto é, ajudou os alunos a fornecerem  as respostas ao reforço e às punições.
 
Preocupou-se com a socialização dos alunos, e estes entenderam as técnicas utilizadas. Valorizou todas as coisas, que não passaram despercebidas pelos alunos: o seu traje, a sua postura, a sua linguagem e o seu modo respeitoso e solidário com todos.
 
Suas atitudes (técnicas) foram reforços e as “respostas” que ele tanto desejava para estes jovens alunos, vieram além de suas expectativas, a exemplo da manifestação de carinho e afeto por seus alunos, na despedida da turma.
 
Adotou como modelo uma atitude paternalista, em quase todos os momentos, quando percebeu que seria esta a que mais respostas positivas ele teria na transformação das atitudes comportamentais dos seus alunos.
 
“Ao Mestre Com Carinho”, uma lição, mostrou-nos um modelo de mestre, de técnica de ensino e de transformação de vidas para um mundo melhor.
 
Rio de Janeiro, 18 de março de 2010.
 
(Trabalho de Psicologia da Aprendizagem – Curso de Pós Graduação no ISEP - 1996, agradecimentos ao amigo de Grupo da classe: Marcos David (autorizado).

Iraí Verdan
Magé,RJ, Brasil.
 
 
 
 

 
 
AQUILO QUE A GENTE SENTE
 


Lairton Trovão de Andrade
 
 
No íntimo segredo do meu ser,
Ante os mistérios da vida que percorro,
Relendo os arquivos do passado,
Perscrutando os anseios do presente,
Indagando sobre incógnitas do futuro,
Eu me encontrei comigo mesmo,
Desejoso de saber sobre a essência
Que me sustenta no inefável do existir.

Compreendi que no âmago do meu ser
Uma realidade existe que ultrapassa o tempo,
Que as rugas do envelhecimento não podem atingi-la,
Que somente a vida na virtude a edifica,
Deixando-a sempre bela e incorruptível,
Com o evoluir pleno de suas formas,
Para o infinito sublime da perfeição.

Ali,  me deparei com a essência imutável,
Raiz motriz da própria humanidade,
Humanidade que está em mim, em ti, em todo mundo,
Fonte primeira da esperança, da fortaleza, do amor
 – de toda humana realização,
Que justifica a transcendência do ser feliz
Na perenidade do existir absoluto... perfeito.
Isso tudo, na continuidade da existência, é
“AQUILO QUE A GENTE SENTE”, ENTENDE E PROCLAMA.

 
***

 A VIDA, AH, A VIDA!

Lairton Trovão de Andrade


Paradoxo é a vida!

Vitórias e derrotas,
Sorrisos e lágrimas,
Flores e espinhos,
Encantos e decepções,          
Saúde e dores,
Abundâncias e penúrias,
Felicidades e angústias,

Mundo cheio de glórias, de fantasias,
De momentos coloridos,  de vaidades...
De traições, humilhações, sofrimentos... mortes.
Vale, então, a sabedoria popular: “Do  limão, façamos limonada”!
Ou,dos estóicos: “Que  o sofrimento seja prazer”!
Ou, do “Poverello de Assis”: “Irmã neve... irmã pobreza”!
Ou, com Epicuro:  “Fujamos das perturbações da alma”!
Ou, quiçá, com o Cristianismo: “Cruz, tu nos salvarás!”

“Caminhando, cantando”, sorrindo, a vida é bela,
Para quem tira lições de perfeição, através do amor.
Assim, pois,  com Jesus Cristo,
o jugo será suave
E o  fardo há de ser leve.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em pleno século 21!
 

 
Lígia Antunes Leivas
 

   Trabalhar - este seu vício, desde (é claro!) que fosse no que lhe agradasse. Mas também tinha que 'dar duro' em tarefas que não faziam sua 'praia'. E assim vivia das misturas de bom-nem-assim-tão bom.

    Foi numa quase madrugada, enquanto fazia um serão, que tudo começou.
    De que jeito "classificar-catalogar"  o ocorrido, até hoje não achou a palavra certa. Certo mesmo é que aconteceu. E foi rápido e cresceu e não se desfez.
    Hoje, passado um tempo considerável, tinha certeza: na vida  sempre aparece uma nova chance (lembrou-se do grande Raul Seixas, a quem tanto admirava -"se parar, o coração não aguenta"). Muitas vezes duvidou dessa 'nova chance', mas agora tinha tido a prova de que ela pode surgir, sim!
  
    O primeiro encontro, depois de um envolvente 'intercâmbio sentimental à distância' (assim escolhera chamar aquele 'caso'), foi legal mesmo. Lindo à beça!!! Não houve a tão temida decepção que talvez pudesse 'pintar'... até ao contrário: as ansiosas expectativas foram superadas!  Que belo encontro! E aquela professora - vinda lá de tão longe e posta ali no local ao acaso das coisas - que a tudo assistira comovida até as lágrimas ao saber de tão comovente história, ficou como prova testemunhal de que o amor existe sim!
    Bem... mas que amor, afinal?
    ... o amor que viveu dias de aproximação, de festa, de carinhos e afetos; de presentes, de indagações-revelações-inquietações; de sentar à beira-mar ou lacustre; de saborear gostosas refeições; de dançar do tango-bolero ao forró-maxixe-samba no pé; de passear de mãos dadas como se pela primeira vez... Desfrutar a rede com o pôr do sol cintilando nas águas mansas... Aquele era o amor vestido a rigor, em traje de gala para dar o tom real a esse frenesi que nos arrebata  a alma! Amor em forma concreta, celebrado com juras de 'verdadeiro' amor... em pleno século 21... ainda !!!
     
Pelotas, RS, BR
 
 

***

LÍGIA LEIVAS MERECIDAMENTE HOMENAGEADA:
 

"Amigas, amigos,
amados/as

Gosto de me "EXIBIR"

(quem sou eu... ... coitada da Lígia... deus dá nozes a quem não tem dentes... esse provérbio é antigo e sempre oportuno...)

com vocês sobre as "coisas" boas que vão me acontecendo... fico feliz mesmo, porque se fosse ao contrário eu também gostaria de saber e ficaria torcendo por vocês (dizem que para os amigos a gente conta o que é bom e o que não é bom a gente guarda bem guardadinho pra gente... e como eu tenho disso para guardar... 'cruzes"!!!!... ...)

Mas esse convite que me chega de Taubaté, SP, me deixou muito FELIZ!
Mesmo eu sabendo que não poderei estar lá, fiquei feliz!

E é o que eu digo sempre... se quisermos ver o nosso trabalho reconhecido, temos de divulgá-lo pelo Brasil todo... um dia a gente terá algum bom resultado...

Beijos e graças mil pela paciência.
Bom fim de semana e rezem por mim...
Lígia"

De: raimundo nonato pereira silva
Assunto: EVENTO - ESSAS MULHERES MARAVILHOSAS

"É COM GRANDE ALEGRIA E SATISFAÇÃO QUE LHE MANDO ESSE E MAIL CONTENDO 1  ANEXO REFERENTE AO CONVITE DO MEU PRÓXIMO EVENTO INTITULADO:  ESSAS MULHERES MARAVILHOSAS - 28ª  EDIÇÃO BRASIL 2010 QUE SERÁ NO DIA 26 DE MARÇO, SEXTA - FEIRA, AS 22 HORAS NO SALÃO DE FESTAS DO MANSÃO FABELLE (www.fabellebuffet.com.br) TAUBATÉ/SP.


QUERO CONVIDA-LA PARA RECEBER UMA HOMENAGEM ESPECIAL COM O DIPLOMA DE HONRA AO MÉRITO DE   MULHER DESTAQUE BRASIL 2009  NESSE EVENTO QUE ESTARÁ REUNINDO AS GRANDES MULHERES DE SUCESSO DE NOSSO PAÍS.

NO ANEXO CONSTA TODAS AS INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS QUANTO À SUA PARTICIPAÇÃO EM MAIS ESSE EVENTO DA COLUNA DESTAQUE (REDE DE JORNAIS ASSOCIADOS)
FICO NO AGUARDO DE SUA BREVE CONFIRMAÇÃO.
SEM MAIS

ATT
RAIMUNDO NONATO
COLUNISTA SOCIAL
REDE DE JORNAIS ASSOCIADOS
JORNAL DA CIDADE
REVISTA VBS
DELEGADO FALASP (TAUBATÉ/SP)

***

Amiga e querida autora Lígia Leivas,

Para nós do Portal CEN e da Liga dos Amigos do CEN, não foi surpresa esta merecida homenagem, por sabermos do seu valor como MULHER E ESCRITORA.

Ficamos felizes, por fazermos parte da sua vida, por conhecermos seus talentos, sua excelente literatura, seus múltiplos talentos.

Obrigada por partilhar este momento conosco e fica aqui o nosso desejo de que mais reconhecimentos deste tipo lhe sejam agraciados.

Beijos felizes.

Iara Melo
 

 

 
 
HARMONIZAR-TE
 


Luiz Poeta
Luiz Gilberto de Barros - do Rio de Janeiro especialmente para a revista
" AQUILO QUE A GENTE SENTE " -  Portal CEN


 A vida é assim, amiga minha...
Coloca utopias nos teus sonhos,
 E faz a solidão, tua vizinha,
   Morar no teu olhar doce... e... tristonho.

 Porém, nem imaginas que, se quero    
 Sentir o teu olhar dentro do meu,     
Não choro, não sofro, não desespero,   
Coloco o meu sonhar dentro do teu.     
 
 E sonho... como se o amor voasse     
No dorso de uma brisa tão macia...    
Que a flor do nosso amor despetalasse,     
 E transformasse a dor em poesia.    
 
A vida é assim, amiga... amada:      
É só um coração querer sonhar,      
Que o nosso amor  refaz a antiga estrada     
 Onde a saudade insiste em passear.    
 
 Não sofras, porque o sonho fertiliza      
A terra onde um dia uma flor      
Brotou da emoção que harmoniza
A tua solidão com meu amor.
 

***

FRAGIL...ÂNSIAS
Luiz Poeta
 Luiz Gilberto de Barros

Às vezes nós ficamos tão carentes
Sem uma aparente explicação;
Criamos solidões inconseqüentes
Que invadem nossas mentes... sem razão.
 
Queremos um contato permanente
Com quem nem sabe mais do nosso amor
E nossa atitude incoerente
Só traz mais aflição e dissabor.
 
Por sermos seres frágeis, exigentes,
Nem sempre nós notamos quem nos ama
Não vemos nem os olhos envolventes
Que o nosso coração tanto reclama.
 
A vida é tão simples, entretanto
A dor do nosso amor, intransigente,
Dissolve nossos tímidos encantos
E instala o desamor dentro da gente. 

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Retrato
 
Maria Granzoto da Silva
 

Um corpo imobilizado
Num leito…
Um defeito,
Um legado...
Andava pela rua
Num caminhar todo seu,
Muito apressada...
Um tempo que já morreu.
Hoje não vê a lua,
Nem o despontar da alvorada.
Nem as estrelas...
Sei, quisera vê-las...
Já não tropeça
Nas calçadas...
Nem mesmo escreve uma peça,
Sequer uma crônica...
Não mais ouvimos sua voz...
Hoje, uma escritora
Atônita...
Lança seu olhar sem brilho
 Para nós,
Para o filho...
Pobre rosa sofredora!
Um dia,
Todos pós...
Sabia! 

 
***

Contentamento
 
Maria Granzoto da Silva

Estou contente!
Não sou demente!
Nasceu o dente
Pra muita gente...
Caiu o siso!
Morreu o riso!
Que prejuízo
Ficar liso...
Então eu rezo!
Não estou leso!
Por isso prezo
O seu escárnio...
 
http://www.caestamosnos.org/Liga_Amigos_CEN/Maria_Granzoto/index.html
 

 
 
 
FIOS DA VIDA
 

 
Tito Olívio
 
Sonhos dourados vamos nós tecendo,
No decorrer da vida triste e dura,
Com fios debruados de doçura,
Que o amor vai fiando e retorcendo;
 
Mas há fios escuros, de amargura,
E os desenhos assim se vão fazendo
Com o claro do amor e o escuro horrendo,
Colocando alternância na urdidura.
 
E há os sonhos vãos, que são buracos,
Também os grandes sonhos, mais os fracos,
E a vida fica toda em rendilhado.
 
A vida é assim, desde a infância,
Feliz ou infeliz porque a alternância
É que dá a noção de cada estado.

 
***

LÁGRIMAS E SORRISOS
 
Tito Olívio
 
Lágrimas e sorrisos são, assim,
Formas de diferentes sentimentos,
Uma contradição do não, do sim,
E duas emoções em dois momentos.
 
Quem chora crê que a dor não terá fim
E lava o amargor dos seus tormentos;
Os sorrisos são flores de um jardim,
São enfeites felizes, ornamentos.
 
Lágrimas e sorrisos são a vida,
A dor e a f’licidade colorida,
Eternas companheiras alternadas.
 
Quem sabe se algum dia a dura sorte
Se junte co’a alegria e se comporte
Na união das duas, de mãos dadas…
 
http://www.caestamosnos.org/Liga_Amigos_CEN/Tito_Olivio/index.html
 
 
Lançado em 23/03/2010, dia do aniversário do amigo
autor Tito Olívio,
na Biblioteca Virtual do CEN, livro virtual,
 
"Quando Acaba o Infinito"
 
 

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Agradeço a participação ativa dos amigos autores.

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Até a próxima edição!

A editora.

 

 

 

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