Revista "Aquilo
que a Gente Sente"
Março de 2010
Uma Revista Exclusiva dos Membros
da
Liga dos Amigos do Portal CEN
Editora: Iara Melo

VASO VAZIO
Alba Albarello
Admirando o meu jardim
pertencente à minha
residência, apresentou-me
uma grande saudades do que
minha querida mãezinha
deixou organizado, com
muitas flores e plantas.
Examinando todos os
canteiros como estavam no
que diz respeito a terras,
adubos e tudo o que há
necessidades em seus blocos.
Apareceu em um canteiro, um
vaso vazio, muito bonito,
apresentou-se muito triste
em virtude de encontrar-se
muito solitário, e pensei
comigo como isto aconteceu,
este lindo vaso e
abandonado, parado e
inutilizado com uma forma
lindíssima, com muito amor.
Pensando e olhando as minhas
plantas no jardim, por que
será que este vaso ficou
vazio. Fui verificar o que
estava acontecendo, sem
planta como se nada fosse.
Não está de acordo com a sua
presença, e pensei com os
meus botões, ele não ficará
mais sozinho e também não
triste, sem a sua florzinha.
Organizei e voltei novamente
onde estava o vaso vazio e
dediquei que não mais se
sentirá sozinho e
desocupado.
Não vou deixar despovoado e
com uma ótima terra e bem
unido. Enxuguei as minhas
lágrimas e lembrei-me de
minha querida mãezinha que
sempre tinha sua grande
escolha e uma perfeição de
vasos com flores que serão
bem germinadas e bem
cuidadas.
Não vou deixar o vaso vazio,
realizando a obra que
efetuarmos com a realização
de um toque de uma linda
poesia com seu lindo estilo.
***
O JARDIM
Alba Albarello
Este vaso é delicado,
colocamos com muito amor.
Adornamos suas lindas
flores,
que exalem perfumes. Com
lindas imagens!
De sentimentos delicados,
este será o meu
formoso vaso, acompanhando a
minha alma.
Dividida.ficando em meu
coração,
com este vaso lindo e como
novo,
e palavras ostentadas no
silêncio.
Surpreendente, pulsando em
meu peito,
celebridade da afeição
similar e um lindo tesouro.
E como um palácio de uma
grande escolha,
de suas lindas flores e
serenidade.
MEU POBRE PAI
(Ari Santos de Campos)
Eu quero apagar, tira-lo da mente,
o vulto da cena visto em um dia:
de luto o meu choro é tão comovente
que a fala enfraquece e a voz balbucia.
O povo aparece, por conseqüente,
faz a procissão, com “Ave-Maria”,
e segue nas ruas, tendo na frente,
a cruz com o esquife entre a romaria.
E junto ao cortejo, no campo-santo,
se seguem gemidos com emoção...
- Sem tino eu enterro meu pobre pai.
A terra sem seiva destroça o encanto
da vida que torna ao pó deste chão...
- E agora vos peço: ó pai, me levai!...
***
AO ÉDEN
(Ari Santos de Campos)
Vou me atrever a viver contumaz:
- quero enlaçar os meus sonhos aos seus,
sei que em seu mundo não restam jamais
sonhos feridos unidos aos meus.
Minhas malicias ficaram pra trás:
não trilharei mais caminhos ateus...
busco meu mundo, repleto de paz,
tal como um éden - viver semideus.
Neste meu vale sem cor, nem valor,
vejo lampejos cruzando o meu fim;
por isso torno e prossigo no amor.
Se dentre às pedras jogadas em mim,
em qualquer fenda nascer uma flor,
lá, com certeza, farei meu jardim.
http://www.caestamosnos.org/Liga_Amigos_CEN/Ari_Campos/index.html
Grupo de haicais "Silêncio
da tarde",
Menção Honrosa no 27º
Concurso Takemoto, São
Paulo, 2009
Benedita Silva de Azevedo
01
Silêncio da tarde –
Só o farfalhar das folhas
Na aragem que passa.
02
Brisa da manhã –
No cheiro de maresia
Regresso à infância.
03
Ao romper da aurora
Suave perfume no ar –
Outra vez setembro.
04
Manhã bem nublada -
Só o brilho dos cacaus
pendentes do galho.
05
Bougainvillea em flor
Cobrindo toda a murada –
Ah, são tantas cores!
06
As ondas do mar
Recolhem as cores do céu –
Partida de pássaros.
07
O ipê amarelo
Reflete o brilho do sol –
Na sombra um cavalo.
08
Visita à fazenda –
As flores da primavera
Também no vestido.
09
Ao final da tarde
O peão volta à fazenda –
Canta o bem-te-vi.
10
O vaso de frésias
Sobre a mesinha de centro –
Sala iluminada.
Magé - RJ
Primavera de 2009
“A Florinha” – de Carlos
Leite Ribeiro
Juro que não sabia...
O que em algumas regiões
do Brasil lhe
chamam de “Florinha”...
Tudo começo quando uma
gentil Autora do CEN me
mandou uma fotografia,
tirado no seu jardim, em
que uma florinha ficou
no seu regaço.
Como acontece sempre que
me mandam alguma coisa,
agradeci à simpática e
gentil Autora, mais ou
menos nestes termos:
- “(...) uma linda,
expressiva e inteligente
carinha, que tem em
baixo uma “florinha”,
que se nota bem cuidada
e melhor regada (...).
Mas que sarilho que esta
“florinha” me deu, pois
logo me respondeu
que...:
- “Não aceitava
brincadeiras destas,
pois era senhora muito
respeitada e, além
disso, era casada”.
Caí das nuvens e
perguntei a um amigo
brasileiro, o que era a
tal “florinha”. Durante
toda a minha vida,
sempre ouvi chamar-lhe
muitas coisas (algumas
até bastante feias), mas
“florinha” é que nunca
tinha ouvido chamar-lhe!
Por cá, florinha é uma
flor mimosa, bem
tratada, bem regada...
(ai que já estou com
receio de estar a pôr “o
pé na argola”...), que
nós admiramos tantos as
que se encontram nos
campos, em estufas
próprias para florinhas,
ou mesmo as que temos em
vasos na nossa casa ou
jardim.
Outras compramos (as
chamadas de corte) para
delicadamente as
colocarmos em jarras,
onde as afagamos com
certo carinho, as
regamos bem, as
admiramos, etc..
Mas nunca estas flores,
de quem fiz grande
confusão!
Quando vimos uma senhora
com uma flor ao peito,
temos por hábito,
pedir-lhe a sua
florinha. Imaginem só,
que o termo florinha,
fosse como é com o
sentido brasileiro!
Para tirar o assunto a
limpo, desloquei-me a
uma casa que vende
flores, aqui na Marinha
Grande, onde a
proprietária é minha
conhecida há anos.
Pedi-lhe que me desse
uma florinha, e qual o
meu espanto, que a
senhora olhou para mim,
sorriu matreiramente, e
respondeu-me:
- “Com essa cara de
malandro, tu queres é
outra “florinha”, mas
daqui não levas nada,
rapaz!”.
Pelos vistos, não é só
no Brasil que este termo
é conhecido...
Isto me leva a pensar no
que ouvi a uma viúva,
num funeral que
acompanhei no Verão
passado, em que ela
lamentava que o seu
defunto nunca mais veria
as belas “florinhas” que
rodeavam seu corpo.
- Seria que a viúva, não
queria referir àquelas
“florinhas”, mas sim, a
alguma “florinha” em
especial?
A Língua Portuguesa é
tão traiçoeira...
Carlos Leite Ribeiro -
Marinha Grande –
Portugal

AQUILO QUE A GENTE SENTE
Célia Lamounier de
Araújo
Sou como rosa de muitas
pétalas
para você arrancar
uma a uma.
Cada perfume e cor
se entranhando em você.
E a cada encontro
menos uma
por seu silêncio
abortada
cai ao chão
e renasce
nova rosa amorosa
mais sua
fecundada em versos
modificada
pelos traços seus.
Escorre o poeta e a rosa
no tempo que une
e ao final
são um só.
Célia Lamounier de
Araújo
Ensina-me o que é
importante
de tudo o que temos
quem é o mandante
nosso Pai Protetor
que disse: Para viver
bem
Amai-vos uns aos outros
não se apegando à terra
pois na hora da viagem
certo é que tudo se
encerra.
Ensina-me em seus
atalhos
o caminho da luz, do
nascer e crescer
agradecendo todos os
dias
a beleza do tempo que se
renova
a beleza do ar, da água
da vida
presentes de nosso Pai
Criador.
Fala-me vida e me ensina
A ser humilde e a ser
herói
Vivendo em busca do
saber e do bem
Buscando a perfeição no
amor
E pelo amor crescendo
também
Trabalhando sempre por
um mundo melhor.

Glosando A. A. de Assis
Gislaine Canales
TEU BEIJO VIRTUAL
MOTE:
Teu beijo pela internet
vem sempre com tal
calor,
que qualquer dia derrete
meu pobre computador!
Teu beijo pela internet
traz amor, traz alegria,
é sempre a melhor
manchete
acarinhando o meu dia!
Esse beijo de carinho,
vem sempre com tal
calor,
que suaviza meu caminho,
apaga a tristeza e a
dor!
Tanta luz ele reflete
traduzida em emoção,
que qualquer dia derrete
meu cansado coração!
Esse teu beijo virtual
que chega cheio de amor,
deixa com ciúme letal
meu pobre computador!
***
Glosando Delcy Canalles
Gislaine Canales
VEJO DEUS...
MOTE:
Eu vejo Deus na magia
dos versos simples que
teço
Deus é rima, amor,
poesia,
é fim, é meio, é começo!
Eu vejo Deus na magia
e em tudo que é belo e
existe...
Eu vejo Deus na alegria
e O vejo até no que é
triste!
Deus me dá a inspiração
dos versos simples que
teço
e eu os faço com emoção,
e emocionada agradeço!
Nos diz a Teologia
que Ele é o Senhor do
Universo:
Deus é rima, amor,
poesia,
Deus é o autor do meu
verso!
É Deus, o Ser mais
profundo
tem, tudo, como
endereço,
é origem do nosso mundo:
é fim, é meio, é começo!
http://www.caestamosnos.org/Liga_Amigos_CEN/Gislaine_Canales/index.html

DECEPÇÕES E DORES...
Ilda Maria Costa Brasil
Marta acordou
melancólica; sentia-se
amargurada e triste. Há
muito estava a evitar
bate-papos porque havia
sofrido inúmeras
decepções nos últimos
anos. Por isso, não via
razão para abrir-se com
os outros. Seus dias se
transformaram numa
rotina entediante. Seus
pensamentos, emoções e
sentimentos eram
nebulosos, calejados e
repletos de medos e de
ansiedades.
Minha personagem
costumava comparar sua
alma aos dias ventosos,
frios e chuvosos. Sua
presença deixava-me
enfraquecida, tamanha
era a sua negatividade.
Todos os dias... todas
as horas... só pensava,
pensava; mas nada de
agir e de romper com
aquele universo pequeno
e obscuro. Nada a
alegrava.
Certo dia, ao visitá-la,
percebi que estava
bastante envelhecida e
pálida. Naquela tarde,
só eu falei; ela parecia
distante – um exaustivo,
autêntico e verdadeiro
monólogo.
Ao despedir-me, uma
certeza, não mais a
veria; mas, mesmo assim,
retirei da bolsa o livro
“Nunca desista de seus
sonhos, de Augusto Cury”
e o entreguei. Sorriu-me
e me abraçou fortemente.
Um mês depois, retornei
ao local, a casa estava
a venda e os vizinhos
não souberam informar o
que havia ocorrido.
Hoje, seis meses depois,
recebo pelo correio,
como encomenda simples,
o livro. No pacote,
nenhuma palavra.
***
PITANGA, A COR DO
SABOR E DA VIDA.
Ilda Maria Costa
Brasil
Sempre que transito na
Rua São Francisco,
recordo da minha
infância e de uma pessoa
que muito apreciei e que
não mais está no mundo
terreno: Cristiane von
Saltiél, pois passo
embaixo de uma majestosa
pitangueira. Ambos, com
muito lirismo e
subjetividade,
escreveram sobre
vivências infantis onde
as pitangas tiveram um
papel singular. A Cris,
em seu poema, pinta
imagens belíssimas de um
grupo comendo pitangas
no campo, dando-lhes
vida, magia e beleza.
Infância... Pés de
pitangueiras eram comuns
nos campos de meu avô
paterno. Havia árvores
de diversos tamanhos.
Algumas, pequenas;
outras, segundo vovô, em
torno de 2 a 4m de
altura. Para mim, as
suas folhas e flores
tinham aroma agradável
de festa. Eu adorava
esmagar o fruto maduro
entre as mãos e comê-lo,
vagarosamente, a fim de
saborear aquela massa
deliciosa, doce e
perfumada de tom
vermelho. Na época de
colheita, pela manhã e
no fim da tarde,
percorríamos as
pitangueiras para
colhermos os frutos.
Esses tinham que ser
apanhados com cuidado e
muita habilidade, pois,
quando maduros, são
frágeis e os dedos que
os apanhavam eram
gulosos e devoradores.
Eu e minhas primas
acreditávamos que, se
comêssemos o fruto bem
madurinho, ficaríamos
com os lábios vermelhos,
tal qual batom.
Lembro-me que torrávamos
a paciência de vovô
perguntando sobre o
período em que o fruto
estaria maduro. Ele nos
explicava, calmamente,
que era preciso esperar
o retorno das aulas:
março e agosto, pois “a
danada da plantinha,
para agradar a meninada,
dá frutos duas vezes no
ano”. Essas palavras
eram sempre acompanhadas
de um largo sorriso e
muito brilho nos seus
lindos olhos azuis. Nós
as consumíamos ao
natural (normalmente,
sem lavá-las), em forma
de geléia, sorvete,
compotas e sucos e, aos
adultos, acrescentavam
deliciosos vinhos,
licores e caipirinha.
Quando retornávamos para
casa, a roupa estava
tomada de manchas
vermelhas; não
esquentávamos com as
broncas que ouvíamos, já
que alma e estômago
estavam forrados de
encarnado, a cor do
sabor e da vida, a cor
da pitanga.
Nem tudo era alegria, em
certas ocasiões,
davam-nos chá de
pitangueira. Desse, eu
não gostava e ficava
pensando o porquê dos
adultos destruírem,
dessa forma, a beleza
dessa plantinha tão
mágica e fascinante. Na
minha opinião, era um
gesto cruel e horrível
“dos grandes”.
Até hoje, ao passar
próximo a uma
pitangueira, o seu
perfume doce e
aromatizado me faz
sentir criança.
***
A BARATA
Ilda Maria Costa Brasil
5ª Feira Santa, 15
horas... Não lhes temo,
nem morro de amores por
elas.
Encontrava-me numa
agência bancária no
centro de Porto Alegre,
aguardando numa fila
quilométrica, quando vi
um funcionário se
aproximar da garota que
auxiliava os clientes
nos caixas eletrônicos.
Ele lhe sussurrou
algumas palavras. Ela,
imediatamente, virou-se
e olhou na direção do
elevador. Paralisei,
pois imaginei que havia,
no ambiente, alguém
suspeito, um possível
assaltante. Porém, ao
olhar para o rosto da
atendente, percebi um
sorriso sarcástico e
dissimulado. Virei-me e
notei que, no vidro da
divisória, caminhava,
tranquilamente, uma
visitante indesejada e
nada oportuna.
O rapaz, rapidamente,
encaminhou-se ao
corredor e, a alguns
passos da enxerida
turista, agachou-se,
retirou o tênis do pé
direito e,
impetuosamente, atacou a
sua vítima, a qual,
zonza, tentou
proteger-se. O garoto,
na ânsia de livrar-se da
bichinha e numa nova
investida,
desequilibrou-se um
pouco. Refez-se logo e,
com o tênis na mão
direita, voltou a atacar
a indefesa vítima que,
embora ferida,
defendeu-se do inimigo.
O duelo HOMEM-BARATA
esquentou: ele, atacava;
ela, defendia-se. O seu
ir e vir irritou o jovem
funcionário o qual
acreditava dar-lhe fim,
sem ser notado por
clientes.
A atrevida barata corria
pelo vidro, balançando,
descompassadamente, suas
anteninhas, como a
desafiar o agressor: “–
Vem... vem...” Esse a
olhou com desprezo e a
atacou, outra vez, com
mais força e
agressividade.
O terceiro e último
golpe a derrubou
agonizante e, em
segundos, começou a
escorrer de seu corpo um
líquido gosmento e
esbranquiçado. Agressor,
vítima e expectadores,
silenciosos. De repente,
passou-me um frio
desconfortante e fiquei
na espera do gesto
final. O cruel agressor
abaixa-se, pega o corpo
estraçalhado, joga no
lixo e, a seguir,
retorna às suas
atividades.
Faço meus pagamentos e
me retiro pensando no
quanto os homens têm
sido cruéis com os seus
semelhantes; logo, dar
fim a um bichinho
considerado uma praga,
não provocaria em
ninguém piedade,
conflitos pessoais ou
remorsos.

VENTO RUIDOSO
Iraí Verdan
Rondel
- Sou o vento ruidoso
que anda...
Pelos caminhos da tarde
fagueira.
Que balança as flores da
lavanda,
E espalha as rosas, da
roseira.
Sou a brisa que passa
faceira!
No vai e vem da rede, na
varanda.
- Sou o vento ruidoso
que anda...
Pelos caminhos da tarde
fagueira.
Enquanto a musa desta
ciranda
Recolhe as flores da
cerejeira,
Para enfeitar com elas,
sua guirlanda,
Desfaço a fantasia da
sua brincadeira:
- Sou o vento ruidoso
que anda!
Magé-RJ, Brasil.
***
Abordagens utilizadas no
filme
“AO MESTRE COM CARINHO”
Iraí Verdan
Protagonista: Ator
Sidney Portier
Neste Filme, o
professor, que na
verdade não exercia esta
profissão, e sim, era um
engenheiro desempregado.
Diante de tal
circunstância, aceita o
desafio de lecionar num
colégio onde estudam
adolescentes rejeitados
em outras instituições,
por serem tidos como
rebeldes e discriminados
nas sociedades em que
viviam.
Inicialmente, este
professor também é
discriminado por sua
postura, completamente
diferente do modelo
daquela escola.
Para trabalhar com estes
alunos, utiliza todas as
técnicas de abordagens
comportamentais
conhecidas e vividas por
ele em suas
experiências, em seu dia
a dia. Entretanto teve
que abandonar estas
técnicas, ser criativo,
buscando reforços nas
respostas em que os
alunos lhe davam em sala
de aula. Ao jogar os
livros dentro da
lixeira, diante da turma
inteira, demonstrou
isto, que as técnicas
utilizadas naqueles
livros já estavam
ultrapassadas. Naquele
instante
percebeu, claramente,
que um novo modelo de
Educação era o seu maior
desafio.
Abordagem Comportamental
- Metodologia Aplicada:
Skinner
Segundo a Técnica de
Comportamento definida
por Skinner, é preciso
reconhecer os
Determinantes do
Comportamento do
indivíduo. Isto é, saber
de que forma o
comportamento é afetado
pelas consequências de
comportamentos
similares.
Conhecendo os
Determinantes do
Comportamento, o homem
estará
mais capacitado a
assumir o controle do
próprio destino. À
transformar as punições
(consequências) em
experiências, que
servirão de reforços
para um novo modelo de
Comportamento.
Observamos esta Técnica
de Abordagem
Comportamental defendida
por Skinner, sendo
claramente utilizada
pelo Professor, em
episódios ocorridos em
sala de aula, em
momentos de lazer e na
prática esportiva. Um
desses momentos é o que
nos mostra as cenas do
filme, quando o aluno
provoca o Professor em
uma aula de boxe,
convidando-o para lutar
com ele. Para deixar o
Professor sem chances de
não aceitar o DESAFIO,
faz-lhe o convite na
presença dos demais
colegas de classe, e
deixando cair aos pés o
par de luvas. Diante de
tal desafio, o Mestre
prepara-se para a
“luta”. Dos golpes das
luvas do adversário,
sabiamente, se desvia o
Professor, mantendo-se
sempre em guarda, o que
dava aos assistentes da
luta um sinal de vitória
para o aluno desafiante.
Entretanto, o Professor
dá sua “resposta” aos
alunos, desferindo
apenas um golpe no
aluno, que pára de lutar
no mesmo instante,
demonstrando sentir
forte dor.
Após o treino de boxe é
este mesmo aluno quem
aborda o Professor:
- Quantos golpes
Professor?
- Apenas um.
- E por que não me
bateu de novo? Eu queria
machucá-lo. (Revela sua
intenção na luta).
Aproveitando o diálogo
do Professor e seu
aluno, pergunta-lhe o
significado da palavra
“t r a m p o”. Este lhe
responde: - Trabalho,
emprego. E para surpresa
ainda maior deste aluno
problemático da turma, o
Professor pergunta-lhe
se quer ensinar boxe no
próximo trimestre.
O Professor condicionou
a resposta do aluno como
reforço de modelo de
educação que estava
passando para a turma,
forçando-os a tomarem
decisões, na descoberta
de aptidões, e
transformando-os para
assumir o controle de
suas qualidades
positivas.
Um educador tem que ser
criativo e ter
flexibilidade de métodos
e critérios, com vistas
às diferenças
individuais dos alunos.
EDUCAÇÃO é transmissão
de cultura e sua
reprodução é múltipla
pela descoberta e a
criatividade.
Este foi o papel deste
Mestre do filme “Ao
Mestre com Carinho”. Um
modelo de educador, que
observou as atitudes de
cada aluno,
individualmente, de que
modo as consequências de
outros comportamentos
vividos por eles e a
sociedade em que viviam,
afetaram o modo de
interagir em sala de
aula.
Trabalhou para a
transformação do
comportamento de cada um
de seus alunos em sala
de aula, com
aproveitamento de suas
qualidades
positivas e a
descoberta de suas
vocações, dons e
criatividades.
Demonstrou ser
propiciador de
comportamentos. Isto é,
ajudou os alunos a
fornecerem as respostas
ao reforço e às
punições.
Preocupou-se com a
socialização dos alunos,
e estes entenderam as
técnicas utilizadas.
Valorizou todas as
coisas, que não passaram
despercebidas pelos
alunos: o seu traje, a
sua postura, a sua
linguagem e o seu modo
respeitoso e solidário
com todos.
Suas atitudes (técnicas)
foram reforços e as
“respostas” que ele
tanto desejava para
estes jovens alunos,
vieram além de suas
expectativas, a exemplo
da manifestação de
carinho e afeto por seus
alunos, na despedida da
turma.
Adotou como modelo uma
atitude paternalista, em
quase todos os momentos,
quando percebeu que
seria esta a que mais
respostas positivas ele
teria na transformação
das atitudes
comportamentais dos seus
alunos.
“Ao Mestre Com Carinho”,
uma lição, mostrou-nos
um modelo de mestre, de
técnica de ensino e de
transformação de vidas
para um mundo melhor.
Rio de Janeiro, 18 de
março de 2010.
(Trabalho de Psicologia
da Aprendizagem – Curso
de Pós Graduação no ISEP
- 1996, agradecimentos
ao amigo de Grupo da
classe: Marcos David
(autorizado).
Iraí Verdan
Magé,RJ, Brasil.

AQUILO QUE A GENTE SENTE
Lairton Trovão de
Andrade
No íntimo segredo do meu
ser,
Ante os mistérios da
vida que percorro,
Relendo os arquivos do
passado,
Perscrutando os anseios
do presente,
Indagando sobre
incógnitas do futuro,
Eu me encontrei comigo
mesmo,
Desejoso de saber sobre
a essência
Que me sustenta no
inefável do existir.
Compreendi que no âmago
do meu ser
Uma realidade existe que
ultrapassa o tempo,
Que as rugas do
envelhecimento não podem
atingi-la,
Que somente a vida na
virtude a edifica,
Deixando-a sempre bela e
incorruptível,
Com o evoluir pleno de
suas formas,
Para o infinito sublime
da perfeição.
Ali, me deparei com a
essência imutável,
Raiz motriz da própria
humanidade,
Humanidade que está em
mim, em ti, em todo
mundo,
Fonte primeira da
esperança, da fortaleza,
do amor
– de toda humana
realização,
Que justifica a
transcendência do ser
feliz
Na perenidade do existir
absoluto... perfeito.
Isso tudo, na
continuidade da
existência, é
“AQUILO QUE A GENTE
SENTE”, ENTENDE E
PROCLAMA.
***
A VIDA, AH, A VIDA!
Lairton Trovão de
Andrade
Paradoxo é a vida!
Vitórias e derrotas,
Sorrisos e lágrimas,
Flores e espinhos,
Encantos e
decepções,
Saúde e dores,
Abundâncias e penúrias,
Felicidades e angústias,
Mundo cheio de glórias,
de fantasias,
De momentos coloridos,
de vaidades...
De traições,
humilhações,
sofrimentos... mortes.
Vale, então, a sabedoria
popular: “Do limão,
façamos limonada”!
Ou,dos estóicos: “Que o
sofrimento seja prazer”!
Ou, do “Poverello de
Assis”: “Irmã neve...
irmã pobreza”!
Ou, com Epicuro:
“Fujamos das
perturbações da alma”!
Ou, quiçá, com o
Cristianismo: “Cruz, tu
nos salvarás!”
“Caminhando, cantando”,
sorrindo, a vida é bela,
Para quem tira lições de
perfeição, através do
amor.
Assim, pois, com Jesus
Cristo,
o jugo será suave
E o fardo há de ser
leve.
Em pleno século 21!
Lígia Antunes Leivas
Trabalhar - este seu
vício, desde (é claro!)
que fosse no que lhe
agradasse. Mas também
tinha que 'dar duro' em
tarefas que não faziam
sua 'praia'. E assim
vivia das misturas de
bom-nem-assim-tão bom.
Foi numa quase
madrugada, enquanto
fazia um serão, que tudo
começou.
De que jeito
"classificar-catalogar"
o ocorrido, até hoje não
achou a palavra certa.
Certo mesmo é que
aconteceu. E foi rápido
e cresceu e não se
desfez.
Hoje, passado um
tempo considerável,
tinha certeza: na vida
sempre aparece uma nova
chance (lembrou-se do
grande Raul Seixas, a
quem tanto admirava -"se
parar, o coração não
aguenta"). Muitas vezes
duvidou dessa 'nova
chance', mas agora tinha
tido a prova de que ela
pode surgir, sim!
O primeiro encontro,
depois de um envolvente
'intercâmbio sentimental
à distância' (assim
escolhera chamar aquele
'caso'), foi legal
mesmo. Lindo à beça!!!
Não houve a tão temida
decepção que talvez
pudesse 'pintar'... até
ao contrário: as
ansiosas expectativas
foram superadas! Que
belo encontro! E aquela
professora - vinda lá de
tão longe e posta ali no
local ao acaso das
coisas - que a tudo
assistira comovida até
as lágrimas ao saber de
tão comovente história,
ficou como prova
testemunhal de que o
amor existe sim!
Bem... mas que amor,
afinal?
... o amor que viveu
dias de aproximação, de
festa, de carinhos e
afetos; de presentes, de indagações-revelações-inquietações;
de sentar à beira-mar ou
lacustre; de saborear
gostosas refeições; de
dançar do tango-bolero
ao forró-maxixe-samba no
pé; de passear de mãos
dadas como se pela
primeira vez...
Desfrutar a rede com o
pôr do sol cintilando
nas águas mansas...
Aquele era o amor
vestido a rigor, em
traje de gala para dar o
tom real a esse frenesi
que nos arrebata a
alma! Amor em forma
concreta, celebrado com
juras de 'verdadeiro'
amor... em pleno século
21... ainda !!!
Pelotas, RS, BR
***
LÍGIA
LEIVAS MERECIDAMENTE
HOMENAGEADA:
"Amigas, amigos,
amados/as
Gosto de me "EXIBIR"
(quem sou eu... ...
coitada da Lígia...
deus dá nozes a quem
não tem dentes...
esse provérbio é
antigo e sempre
oportuno...)
com vocês sobre as
"coisas" boas que
vão me
acontecendo... fico
feliz mesmo, porque
se fosse ao
contrário eu também
gostaria de saber e
ficaria torcendo por
vocês (dizem que
para os amigos a
gente conta o que é
bom e o que não é
bom a gente guarda
bem guardadinho pra
gente... e como eu
tenho disso para
guardar...
'cruzes"!!!!... ...)
Mas esse convite que
me chega de Taubaté,
SP, me deixou muito
FELIZ!
Mesmo eu sabendo que
não poderei estar
lá, fiquei feliz!
E é o que eu digo
sempre... se
quisermos ver o
nosso trabalho
reconhecido, temos
de divulgá-lo pelo
Brasil todo... um
dia a gente terá
algum bom
resultado...
Beijos e graças mil
pela paciência.
Bom fim de semana e
rezem por mim...
Lígia"
De: raimundo nonato
pereira silva
Assunto: EVENTO -
ESSAS MULHERES
MARAVILHOSAS "É
COM GRANDE ALEGRIA E
SATISFAÇÃO QUE LHE
MANDO ESSE E MAIL
CONTENDO 1 ANEXO
REFERENTE AO CONVITE
DO MEU PRÓXIMO
EVENTO INTITULADO:
ESSAS MULHERES
MARAVILHOSAS - 28ª
EDIÇÃO BRASIL 2010
QUE SERÁ NO DIA 26
DE MARÇO, SEXTA -
FEIRA, AS 22 HORAS
NO SALÃO DE FESTAS
DO MANSÃO FABELLE (www.fabellebuffet.com.br)
TAUBATÉ/SP.
QUERO CONVIDA-LA
PARA RECEBER UMA
HOMENAGEM ESPECIAL
COM O DIPLOMA DE
HONRA AO MÉRITO DE
MULHER DESTAQUE
BRASIL 2009 NESSE
EVENTO QUE ESTARÁ
REUNINDO AS GRANDES
MULHERES DE SUCESSO
DE NOSSO PAÍS.
NO ANEXO CONSTA
TODAS AS INFORMAÇÕES
NECESSÁRIAS QUANTO À
SUA PARTICIPAÇÃO EM
MAIS ESSE EVENTO DA
COLUNA DESTAQUE
(REDE DE JORNAIS
ASSOCIADOS)
FICO NO AGUARDO DE
SUA BREVE
CONFIRMAÇÃO.
SEM MAIS
ATT
RAIMUNDO NONATO
COLUNISTA SOCIAL
REDE DE JORNAIS
ASSOCIADOS
JORNAL DA CIDADE
REVISTA VBS
DELEGADO FALASP
(TAUBATÉ/SP)
***
Amiga e querida
autora Lígia Leivas,
Para nós do
Portal CEN e da Liga
dos Amigos do CEN,
não foi surpresa
esta merecida
homenagem, por
sabermos do seu
valor como MULHER E
ESCRITORA.
Ficamos felizes,
por fazermos parte
da sua vida, por
conhecermos seus
talentos, sua
excelente
literatura, seus
múltiplos talentos.
Obrigada por
partilhar este
momento conosco e
fica aqui o nosso
desejo de que mais
reconhecimentos
deste tipo lhe sejam
agraciados.
Beijos felizes.
Iara Melo

HARMONIZAR-TE
Luiz Poeta
Luiz Gilberto de Barros
- do Rio de Janeiro
especialmente para a
revista
" AQUILO QUE A GENTE
SENTE " - Portal CEN
A vida é assim, amiga
minha...
Coloca utopias nos teus
sonhos,
E faz a solidão, tua
vizinha,
Morar no teu olhar
doce... e... tristonho.
Porém, nem imaginas
que, se quero
Sentir o teu olhar
dentro do meu,
Não choro, não sofro,
não desespero,
Coloco o meu sonhar
dentro do teu.
E sonho... como se o
amor voasse
No dorso de uma brisa
tão macia...
Que a flor do nosso amor
despetalasse,
E transformasse a dor
em poesia.
A vida é assim, amiga...
amada:
É só um coração querer
sonhar,
Que o nosso amor refaz
a antiga estrada
Onde a saudade insiste
em passear.
Não sofras, porque o
sonho fertiliza
A terra onde um dia uma
flor
Brotou da emoção que
harmoniza
A tua solidão com
meu amor.
***
FRAGIL...ÂNSIAS
Luiz Poeta
Luiz Gilberto de Barros
Às vezes nós ficamos tão
carentes
Sem uma aparente
explicação;
Criamos solidões
inconseqüentes
Que invadem nossas
mentes... sem razão.
Queremos um contato
permanente
Com quem nem sabe mais
do nosso amor
E nossa atitude
incoerente
Só traz mais aflição e
dissabor.
Por sermos seres
frágeis, exigentes,
Nem sempre nós notamos
quem nos ama
Não vemos nem os olhos
envolventes
Que o nosso coração
tanto reclama.
A vida é tão simples,
entretanto
A dor do nosso amor,
intransigente,
Dissolve nossos tímidos
encantos
E instala o desamor
dentro da gente.
http://www.caestamosnos.org/Liga_Amigos_CEN/Luiz_Poeta/index.html

Retrato
Maria Granzoto da Silva
Um corpo imobilizado
Num leito…
Um defeito,
Um legado...
Andava pela rua
Num caminhar todo seu,
Muito apressada...
Um tempo que já morreu.
Hoje não vê a lua,
Nem o despontar da alvorada.
Nem as estrelas...
Sei, quisera vê-las...
Já não tropeça
Nas calçadas...
Nem mesmo escreve uma peça,
Sequer uma crônica...
Não mais ouvimos sua voz...
Hoje, uma escritora
Atônita...
Lança seu olhar sem brilho
Para nós,
Para o filho...
Pobre rosa sofredora!
Um dia,
Todos pós...
Sabia!
***
Contentamento
Maria Granzoto da Silva
FIOS DA VIDA
Tito Olívio
Sonhos dourados vamos nós
tecendo,
No decorrer da vida triste e
dura,
Com fios debruados de
doçura,
Que o amor vai fiando e
retorcendo;
Mas há fios escuros, de
amargura,
E os desenhos assim se vão
fazendo
Com o claro do amor e o
escuro horrendo,
Colocando alternância na
urdidura.
E há os sonhos vãos, que são
buracos,
Também os grandes sonhos,
mais os fracos,
E a vida fica toda em
rendilhado.
A vida é assim, desde a
infância,
Feliz ou infeliz porque a
alternância
É que dá a noção de cada
estado.
***
LÁGRIMAS E SORRISOS
Tito Olívio
Lágrimas e sorrisos são,
assim,
Formas de diferentes
sentimentos,
Uma contradição do não, do
sim,
E duas emoções em dois
momentos.
Quem chora crê que a dor não
terá fim
E lava o amargor dos seus
tormentos;
Os sorrisos são flores de um
jardim,
São enfeites felizes,
ornamentos.
Lágrimas e sorrisos são a
vida,
A dor e a f’licidade
colorida,
Eternas companheiras
alternadas.
Quem sabe se algum dia a
dura sorte
Se junte co’a alegria e se
comporte
Na união das duas, de mãos
dadas…
http://www.caestamosnos.org/Liga_Amigos_CEN/Tito_Olivio/index.html
Lançado em 23/03/2010, dia
do aniversário do amigo
autor Tito Olívio,
na Biblioteca Virtual do CEN,
livro virtual,
"Quando Acaba o Infinito"
Para ler,
clique no link adequado ao
seu computador:
Utilizadores windows Vista
Utilizadores windows XP

Agradeço a participação
ativa dos amigos autores.
Saibam mais uma vez que
este espaço é vosso,
para publicação e
divulgação dos vossos
textos, lançamentos,
convites; ou seja,
qualquer assunto do vosso
interesse.
Até a próxima edição!
A editora.

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Formatação e
Arte Final:
Iara Melo

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